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domingo, 25 de janeiro de 2009




Um Copo D´água Pelo Amor de Deus
J. Norinaldo.

Minha terra tem palmeiras e também tinha sabiá.
As aves que aqui gorjeiam hoje não gorjeiam lá.
Na minha terra os rios não correm mais,
Onde estão os verdes canaviais,
Por que as aves lá pararam de cantar?
Em outras eras tinha rios e pantanais.

Será que um dia o mar vai virar sertão?
Como cantou o poeta em seu refrão.
E se ninguém mais souber como era um rio?
E se a terra nunca mais entrar no cio?
Será meu Deus que ainda haverá solução?
Ou o planeta ficará morto e vazio?

Quando a água preciosa se tornar uma moeda,
E ninguém mais ver o sorriso de uma criança.
Em vez de ouro o homem buscando água na terra,
Para encher o seu cantil e ir à guerra,
Na sua mão uma cruz que se transformou em lança.
Talvez ai, ele lembre onde errou e ainda erra.

Quem sabe ai os rios voltem novamente a correr,
Com tantas lágrimas de quem cansou de sofrer.
E as águas tragam para nós de volta o verde,
Matando a sede de quem mereceu sobreviver.
As matas voltem verdejantes para a vida,
Até o homem novamente de tudo esquecer.

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