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segunda-feira, 13 de abril de 2009



A Miragem.
J. Norinaldo
O crepúsculo matutino me trás sempre uma imagem, que parece uma miragem somente eu sei que não é. Uma deusa quase nua que caminha pela rua como uma flor no deserto. Chego a sentir seu perfume, é palpável meu ciúme quando ela chega perto. Quando a primeira vez teve essa visão, tive também a certeza da existência de Deus e da sua perfeição, pois esta divina musa é o que o poeta usa como sua inspiração. Bem, pode ser que esteja louco, mas não ligo nem um pouco para o que você diz, sei que sou feliz amando essa imagem, se é bobagem, é comigo, só sei que já não consigo viver sem sua presença. Sem o perfume que emana, todos os dias da semana abro a porta bem cedo, fico tremendo de medo que ela não apareça, ou que venha fale comigo, tremo ante este perigo que o encanto desapareça.
Nada fala, mas quando meus olhos encontram os olhos seus, sinto a presença de Deus tento agradecer numa prece, mas a minha voz não sai, enquanto a deusa se vai até o final da rua.
Quem será essa mulher, como será o seu nome? E por que me escolheu? Logo eu, que sempre fui desprezado, Não seria uma tortura? Não! Por que mesmo a loucura, também tem sua beleza.

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