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quinta-feira, 28 de maio de 2009




O Poder.
J Norinaldo.

Dos párias que a vida pariu por descuido,
Que ocupam igualdade nos espaços do mundo,
Se esgueiram por becos e guetos escuros,
Arvorados com gana no poder da retórica,
Conseguem com este alcançar altos postos,
De trono a coluna ou a tribuna histórica.

A plebe enganada aplaude e delira,
Com aquele que tira o pão da sua mesa,
Mas lhe dar o direito de ir para o templo,
Que mantém a chama da esperança acesa,
Ensinando o caminho, mas ficando de longe,
Mostrando o rumo sem dar o exemplo.

A justiça existe, porém nasceu cega,
O norte do pobre é o que o rico indica,
As mazelas serão prêmios na eternidade,
Algumas charadas que a vida nos prega.
A fábula do camelo e o buraco da agulha,
Aos pobres aqui, no céu a felicidade.

O poeta que tenta em sua poesia,
Alertar os irmãos para novos caminhos,
Pregam no deserto gritando a esmo,
Oferta rosas a cegos sem falar dos espinhos.
E a humanidade segue em grandes caravanas...
Agindo como se estivéssemos sempre sozinhos.

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