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terça-feira, 23 de junho de 2009



Deusa da Primavera
J. Norinaldo.

Um campo de margaridas na primavera,
E você caminhando entre elas displicente,
Nem percebe quantas começam a murchar,
No esforço de te ofertar seu perfume,
Já que entre as flores jamais existe ciúme,
Por esta que escolhestes pra beijar.

Como invejo esta flor que escolhestes,
Que sente o sabor dos lábios teus,
Da brisa que afaga teus cabelos,
Desta beleza que encanta o próprio Deus.
Da primavera tua estação preferida,
Dos teus sonhos onde não estão os meus.

Já nem sei se são margaridas,
Talvez até sejam bem me quer,
De uma coisa, porém tenho certeza,
Tu és a verdadeira imagem da beleza,
Que inebria o olhar de quem te vê,
Uma deusa em forma de mulher.

O teu nome não sei, será Sofia?
Maria, Luzia, Tereza ou Raquel,
Só sei que se Deus fez algo mais belo,
Guardou para si no cantinho lá no céu.
Te mandou para servir de inspiração,
Para o poema e a canção do menestrel.

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