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quinta-feira, 24 de setembro de 2009



Amor.
J. Norinaldo.

Suspiras escondida por quem de ti sorri,
Desdenhas abertamente de quem suspira por ti,
Sofres no silencio ao entender cada sorriso,
Que provocam em teu sono pesadelos de quimera,
Para esse alguém darias a rosa mais bela do teu jardim...
Nem notas que existe alguém te ofertando a primavera.

Enquanto te enfeitas para alguém que não te vê,
Há alguém que enfeita a vida com as tintas da paixão,
Pincelando sem talento numa tela sem moldura,
Usando na aquarela cores foscas de ilusão,
Flores que já nascem murchas mortas e sem cores,
Ou um céu sempre escuro sem estrelas e nem luar.

Como linhas paralelas, como chinelos ao chão,
Caminhamos lado a lado sempre a olhar em frente,
Se alguém estender o braço as linhas viram um caminho,
Também podem se afastar virando duas estradas,
Uma que leva ao desprezo daquele por quem suspiras...
A outra um vale de espinhos como navalhas afiadas.

Falar de amor é tão fácil o poeta se deleita,
Pois qualquer papel aceita que se escreva o amor,
Tendo a lua, as estrelas, flores da primavera por tema,
O romantismo, o lirismo, sonhos lindos, por do sol,
Como se fosse amor mais amor, fosse igual a amor...
Sem sofrimento nem dor, no mais intricado teorema.






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