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quinta-feira, 8 de outubro de 2009


Covardia.
J. Norinaldo.

Não temo a chuva, o relâmpago o trovão,
Não temo o escuro ou a altura da montanha,
Não tenho medo de amar sem ser amado,
Tenho medo de fazer alguém sofrer,
Por me amar no silencio sem saber...
O pavor que sinto por ser desprezado.

Eu tenho medo de enfrentar meu próprio ego,
Tenho receio de não merecer a felicidade,
Tenho pavor de confundir uma amizade,
E transforma-la no mais vil dos sentimentos,
Tenho medo de plantar em mim o ódio...
Onde a mentira vale mais que a verdade.

Tenho medo de te encontrar e te perder,
Sou um covarde que talvez nem te mereça,
Prefiro os sonhos que dirijo ao bel prazer,
Do que ter-te em meus braços finalmente.
Quantas vezes dei os primeiros passos,
Mas tropecei na covardia novamente.

Não, não temo a chuva, o relâmpago o trovão,
Enfrento a espada com o escudo deste amor,
Não tenho medo nem mesmo da solidão,
Sinto pena por ela nunca ter alguém,
A não ser pra machucar e causar dor,
Sempre calada, mal falada e sem ninguém.



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