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quinta-feira, 8 de outubro de 2009


A Riqueza e a Beleza.
J. Norinaldo.

Se a beleza não carece de adorno,
Se a feiúra é quadrada sem contorno,
O que dizer da fome e da miséria?
Num universo rico e colorido,
Por apenas um paralelo dividido,
Onde o ser humano é só matéria.

O que é que a ciência nos prova?
Que no Taj Mahal ou numa cova,
Existe de algum modo diferença?
Se entre os germes também há distinção,
Se quem morre é mendigo ou tem brasão,
No banquete servido no final da existência?


Por que o orgulho em não abraçar um irmão?
Se um dia iremos terminar na mesma trilha,
Deixaremos tudo que tínhamos na terra,
Levaremos apenas nossos atos, não mobília,
As lágrimas derramadas por que não tinha tesouro...
Não são as mesmas para quem deixa partilha.

Os castelos assombrados que existem,
Habitados por quem já não existe mais,
Os que pensam em não deixar sua riqueza,
Noutra vida sua alma nunca encontrará a paz,
Só as pedras dos castelos são eternas...
E o amor que não morrerá jamais.










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