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quinta-feira, 25 de março de 2010


A Diva do Cais
J. Norinaldo.

No barco a saudade do amor que fica,
No porto o aceno de dor por quem parte,
Depois dos abraços e os beijos finais,
Há alguém que abana seu lenço branco,
Para todos que partem, é a diva do cais.

Ninguém a conhece, mas não se importam,
Pois pensam que ela é o amor de alguém,
Já faz tanto tempo que esta vida deixou,
Mas não esquece o cais que em vida acenava,
Depois que beijava o seu grande amor.

Um velho marujo solitário na vida,
Nunca teve um abraço e um beijo jamais,
Um dia notou que ela acenava pra si,
Como alguém que chorava por vê-lo partir...
E se apaixonou pela diva do cais.

Uma noite escura no oceano a procela,
Deixou o seu barco a deriva no mar,
O desespero ao pensar em não voltar mais,
Mas uma mulher na proa ao velho sozinho,
Apontava o caminho era a diva do cais.





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