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domingo, 7 de março de 2010


Roseira Morta.
J. Norinaldo

Olhando para o jardim vi uma roseira nua,
E me vi em seu lugar ali num canto sozinho,
Na primavera viçosa cheia de cores e brilho,
Vi as rosas como filhos que criei com carinho,
Colhidas para o amor e outras pra despedida,
E agora no fim da vida somente galho e espinho.

Me aproximei devagar daquela velha roseira,
Outrora toda faceira uma rosa em cada galho,
A vida não tem atalho mesmo para uma roseira,
Agora seca sem folhas sem os cuidados de antes,
Cadê as rosas que causam tantos suspiros em amantes?
Cadê as mãos que afagavam até os próprios espinhos?

Onde está o beija flor que te beijava com carinho?
Se hoje teus galhos secos não servem nem para ninho,
Onde está a bela moça que sempre te pedia uma flor?
Onde estavam teus amigos quando precisastes de ajuda?
Não fiques triste roseira, eu sempre te quis amor...
Vês ali a tua pequena muda que este velho plantou.

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