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sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Caminho da Vida.
J. Norinaldo.


Chegarei rastejando aos pés da morte,
E de certo sentirei o seu fedor,
O orgulho, a vaidade no meu rastro,
O caminho percorrido e lembrado,
Mas para deter a sua foice...
Não erguerei o meu cajado.

Só ai, então descobrirei,
O desenho do final da existência,
Que a vida não passou de caminhar,
Numa escola de sorrir e de chorar,
No pagar por alguma metanóia;
Mendigando por alguma moratória.

Nascer, viver, crescer e morrer,
Aprender por que tem que ser assim,
Nem todos rastejam no final,
O caminho, no entanto é o mesmo,
O homem insiste em buscar na panacéia...
O atalho que burla, mas a esmo.

Por isto se festeja o nascimento,
E cada festa lembra um fim inevitável,
O choro na chegada a luz que vem da vida,
O rastejar do início num caminho protegido,
E as lágrimas finais, moribundas da partida.

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