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sexta-feira, 26 de novembro de 2010


A Águia e o Abutre.
J. Norinaldo.


Não percebes que a soberba é tão mesquinha,
Como a beleza que nos prende é tão fugaz,
Veja a rosa de passagem tão efêmera...
E sem soberba quanta beleza nos trás.

Uma águia no seu vôo majestoso,
Não desvia de um abutre por orgulho,
A flor de Lótus só nasce onde houver lodo...
E um diamante é achado em pedregulho.

O colibri não escolhe a flor que beija,
Alguém já ouviu falar num beija rosa?
Quando um poeta escreve algum poema,
É a alma brincando de fazer prosa.

Jamais use a sua beleza como arma,
Não critique o autor da obra inteira,
Não desdenhe dos dotes que são meus...
Você pode ser belo, mas não Deus.


1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Fantástico!... ou fantástica - não sei?. Crônica, poema, poesia. Sei lá o quê, afinal sou leigo no assunto(mas vou estudar, prometo), agora de uma coisa estou certo: É MUITO LINDO(A), sem falar na ilustração. Valeu Norinaldo pelo conteúdo e pela imagem. Abraço grande.