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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Voz do Vento.
J. Norinaldo.

A voz da discórdia e da vindita,
Ecoa como um grito de loucura,
O zumbido de uma vespa que perdura,
No ouvido de quem não se diz louco,
Que tão pouco conhece de ternura.

Não busques no rugir do furacão,
Nenhuma lição que a vida ensina,
E sim no cochichar da brisa mansa,
No olhar de uma ave de rapina...
Não verás a ponta afiada de uma lança.

Não escutes a voz que vem do lodo,
O vento mensageiro tudo espalha,
Tanto faz o grito louco da discórdia,
Como alvísssaras felizes da concórdia...
Como o corte profundo da navalha.

Não sou poeta e sim um pobre louco,
Que consegue navegar o pensamento,
Que juntando palavras vai dizendo,
Que o zumbido da vespa vai crescendo...
Para quem não entende a voz do vento.

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