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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010



Perguntas.
J. Norinaldo.

Purgam as chagas dos leprosos,
Concitam as moscas ao festim,
Pergunta-se ao alto o porquê,
A resposta: por que tem que ser assim.
Assertiva que é aceita aqui em baixo,
Jamais será aceita por mim.

Busco tais respostas no silencio,
Debato com o vento por dever,
Divergir talvez me faça um herege,
Tornando minha vivenda num frege;
Se do mesmo barro somos feito...
Por que alguns são feitos pra sofrer?

No caminho dessas dúvidas encontrei,
Um sábio no deserto do nirvana,
Perguntei-lhe por que tanta diferença,
Se somos criação do mesmo pai,
Ele mostrou-me apenas sua tigela...
Que era de barro, e não de porcelana.

Continua a purgar a lepra imunda,
Ai daquele que um leproso tocar,
E Lázaro que o Cristo ressuscitou,
Que mensagem para o mundo quis deixar;
Se a lepra até hoje não tem cura...
Então Lázaro leproso continuou?
O Último Gole.

J. Norinaldo.


O último gole no segundo final,
O franzir da testa a mordida no lábio,
O olhar para o céu de estrelas tão baixas,
A leitura nas faixas do ano que vem,
Promessas que não iludem o sábio...
Que vê no alfarrábio a riqueza que tem.

No brilho do branco a paz esperada,
Na ponta da espada a balança da lei,
E a esperança vestida de trapos,
Recolhe cavacos para aquecer a vida;
No branco caminho no vidro da mesa...
A pobreza do sonho que eu mesmo criei.

E a pomba da paz coberta de óleo,
Do negro petróleo que move a ganância,
O mais novo tanque que roda na terra,
Fomentando a guerra esmagando a vida,
E o ouro branco no tampo da mesa...
Um dia foi verde a cor da esperança.

Feliz Ano Novo e um novo horizonte,
Que sob a ponte corra água potável,
Que se cheire somente o perfume das flores,
Que cheirar os caminhos seja um ato execrável;
Que as esquinas não sejam lugar de meninas...
Que o mundo não seja mais tão miserável.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


UM FELIZ ANO NOVO
J. Norinaldo
Desejo a todos os amigos o que rogo a Deus para mim,
Que a paz invada seus lares a felicidade seja constante,
Não falte o pão sobre a mesa, nem o agradecimento,
Em cada esquina um sorriso e um abraço sincero;
E cada dia do ano uma estrofe de um poema...
E em cada coração o mais nobre sentimento.

Que cada filho veja no pai o maior super herói,
E mais virtude na mãe além das que ela já tem,
Que os caminhos sejam largos sem atalhos da malícia,
Que se ensinem as crianças fazerem apenas o bem;
Para que o meu poema não seja nunca esquecido...
Sem esquecer do passado vivamos o ano que vem.

Vamos lembrar o John Lennon neste ano que chega,
Ou da filosofia grega tirarmos algum proveito,
Imaginando um mundo se abraçando o ano inteiro,
Dois corações bem juntinhos batendo dentro do peito,
Difícil até pode ser, impossível não será...
Estou de braços abertos pra quem quiser me abraçar.

O que se escreve na areia, o vento vem e carrega,
Se quiser escrever para sempre que seja escrito no bronze,
Escrevo na madrugada vendo uma estrela brilhante,
Que peguei por testemunha desse momento importante;
O que a minha alma ditou e com as tintas da emoção...
Desejo de coração a todos um feliz Dois Mil e Onze.

Tardio Perdão.
J. Norinaldo.


Inflama-me a alma angústia incontida,
Saber-te perdida nos braços de alguém,
Inocência iludida pela beleza do mal,
Como a rosa colhida com tanto carinho...
Que enfeita a tristeza de um funeral.

Enquanto carrego este fardo de dor,
Tu falas de amor a quem não te ama,
Enquanto eu sofro a insônia cruel;
Brindando a dor com uma taça de fel,
Tu falas no céu, mas em outra cama.

E o vento me traz os gemidos da noite,
Como um açoite deste amor bandido,
Não correspondido do lado de lá;
Quem sabe mais tarde tu te arrependas,
E aprendas com o amor não mais brincar,
Sofrendo te dando, sem ninguém te dar.

O triste na vida é voltar ao começo,
Sem ter endereço a quem procurar,
Pedindo de joelhos, implorando perdão,
A quem tanto sofreu só por te amar;
E de tanto chorar se afogou na solidão...
E só o Homem da cruz para te perdoar.






terça-feira, 28 de dezembro de 2010


UM FELIZ ANO NOVO
O Rosário do Vinho.
J. Norinaldo.


O feitiço da taça o rosário do vinho,
Enfastiam a alma enfatuam a matéria,
Sem soberba o cristal seu brilho efetua,
O rosário do vinho que a vida cultua...
Talvegue que aparta o fausto da miséria.

O caminho a estrada, a picada a viela,
Que o artista pincela com rara destreza,
A alcova a esteira o catre ou a rede;
Valorizam a tela não por sua beleza,
Mas sim o castelo e o lugar na parede.

O perfume tão raro com o vento se vai,
A beleza se esvai como a chuva na poeira,
Como a neve tão alva depois vira lama,
O brilho da taça, a alcova, o catre a rede...
Um copo de barro sem brilho sacia a sede.

Na hora do brinde saúda-se a vida,
Em contrapartida se quebram cristais,
A beleza efêmera com o tempo vai,
O rosário do vinho não conta orações...
Cacos da taça no lixo brilham ainda mais.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pensar para não Usar.
J. Norinado.


Denúncias vazias em fóruns desertos,
Apelos discretos que ao amor renuncia,
Decotes que mostram o colo da morte,
Afiando a foice na fumaça da noite,
Na pedra do crack da cruel fantasia.

No caminho da vida uma pedra sinistra,
Sem prévio aviso ou um desvio qualquer,
Na sombra da pedra a morte se esconde,
E oferece o cachimbo sem fumo ou rapé,
E o fim da estrada, mas só fuma quem quer.

A terra oferece o sustento da vida,
Em contrapartida o veneno a quem quer,
Um retorno precoce ao pó de onde veio,
E o decote que mostra o colo da morte...
Também oferece o leite do seio.

A ciência procura preservar a vida,
Curando a ferida a saúde prorroga,
Não existe nenhuma felicidade em pó,
Decotes são muitos, mas o colo é um só...
Para quem garimpar a mentira na droga.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


Um Conto de Natal
j. Norinaldo.

Um casal do interior do Rio Grande do sul, tem um casal de filhos, Jéssica de 10 anos e Thiago de 8, no Natal a família ganhou de um fazendeiro amigo, dois carneirinhos para a ceia, este deixou-os na residência dos amigos dois dias antes da festa. D. Marinalva, mãe das crianças pretendia mandá-las passar o dia na casa de uma tia para que não assistissem o sacrifício dos pequenos animais. No dia 24 bem cedo, chegou acompanhada de um homem a quem contratara para carnear os carneirinhos. Quando avisou que levaria as crianças para a casa da irmã, teve uma surpresa: ambos relutaram dizendo: mãe, sei que não quer que vejamos matar os carneirinhos, vê-los mortos e esquartejados depois doerá da mesma forma; não se preocupe que vamos buscá-los. O dito homem já afiava sua faca, quando tiveram mais uma grande surpresa, aparecia a sua frente, cada uma das crianças puxando um dos carneirinhos, banhados, escovados e cada um com uma toquinha vermelha na cabeça.
Pronto mamãe!, Nós os preparamos para morrer e para que possamos comer a sua carne na ceia de Natal. D. Marinalva quase cai para trás ao ver a doçura e a beleza daquelas pequenas criaturas, que pareciam ter sido criadas pelos seus filhos. Com os olhos marejados, olhou para o homem e disse: tome! Aqui está o que lhe prometi para matá-los, muito obrigado, mas não vai ser preciso. O homem rude, que também tentava esconder uma lágrima teimosa, recusou o dinheiro dizendo: _ Obrigado minha senhora, nunca pensei que ficaria feliz em não realizar algo que faço com freqüência, a partir de agora, tenho certeza que toda vez que pendurar um carneiro para sangrá-lo, me lembrarei deste gesto, e com certeza não vou fazê-lo.
Quando a noitinha o pai das crianças chegou em casa, sua esposa lhe reportou o acontecido, muito feliz pela atitude dos filhos apenas disse: não esqueça de dizer-lhes que serão responsáveis a partir de agora pelo recolhimento dessas esperinhas pretas que já vi lá na sala próximo a lareira.
Criei esta historinha pensando numa senhora que conheço, hoje com mais de 60 anos, que por nada do mundo come carne de ovelha, criou uma ovelhinha guaxa e no Natal seus pais a mataram. Um Feliz Natal a Todos, inclusive o s carneirinhos que escaparem da morte.

Mona Lisa.
J. Norinaldo.


A obra do mestre retrata na tela,
A moça tão bela de sorriso triste,
O enigma do olhar não há outro que pinte,
A mão que pintou já não mais existe...
Em que pensava ao pintá-la Leonardo da Vince?

Quem tanto encantava La Gioconda?
Seria eu um louco perguntando a esmo?
A cada pergunta me fogem as respostas,
Qual o teu mistério bela Mona Lisa,
Leonardo da Vince pintando a si mesmo?

Quantas vezes me fiz esta mesma pergunta,
A maneira que olham estes olhos teus,
Será que da Vince era tão orgulhoso,
Que num gesto tão pretensioso...
Quis ser adorado como o filho de Deus?

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Senhor do Castelo.
J. Norinaldo.


O senhor do castelo não é sábio,
Os dedos da mão não são iguais,
Todos os caminhos levam a Roma,
Não há chama nos brasões pessoais,
Os ditos loucos na verdade são normais.

Os caminhos que levam ao castelo,
Levam a Roma e também ao fim da linha,
O castelo é uma casa de passagem,
Tão inútil durante a estiagem,
Como um canteiro de erva daninha.

A chuva cai da nuvem cristalina,
Mas rola na sarjeta como lama,
O sábio sem castelo nem brasão;
Conhece de cor todos os caminhos,
E sabe bem aonde todos chegarão.

Quando cessam as pegadas no caminho,
E o portão do castelo está fechado,
O seu senhor do outro lado sozinho,
Nem a sombra a segui-lo como antes...
Tendo somente por companhia seu cajado.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010



Sinos de Belém.
J. Norinaldo.

As notas que emitem o bronze dos sinos,
Dedos que harpejam estrofes de hinos,
Vozes que gritam amores perdidos,
Campos floridos ventos que cantam,
Mãos que catam os frutos caídos.

A fome que assola o mundo perdido,
A luxúria degola a antiga inocência,
A coerência se esconde na torre do sino,
As flores do campo perfumam o vento...
Em cada monumento a estrofe de um hino.

A cada dezembro se cultua um menino,
E se ouve no mundo o badalar do sino,
E o galo é lembrado não por Esculápio,
E no coro de vozes sempre o mesmo hino,
Que foi decorado sem fé e sem tino.

O tropel das renas alerta os miúdos,
Sortudos que aguardam o presente sonhado,
O aniversariante, portanto esquecido,
Na hora dos abraços, não é abraçado...
Por Papai Noel já foi preterido.

sábado, 18 de dezembro de 2010



Promessas Vãs.
J. Norinaldo.

FELIZ NATAL A TODOS.

As estrelas brilharão no firmamento,
O nosso amor para sempre viverá,
Se a beleza for embora não me importo,
Só não suporto é que um dia você se vá;
Todos os sonhos um dia serão verdade,
E a felicidade no mundo prevalecerá.

Todos os homens um dia serão amigos,
Se abraçando a cada encontro todos os dias,
E nós, será a palavra mais dita em cada boca,
E as guerras serão sempre de alegrias;
A fome será lenda dos tempos idos,
Os bandidos dos contos de fantasias.

A inocência voltará para as crianças,
As más lembranças o tempo apagará,
Toda noite em cada lar será Natal...
Quando um pai seu filho abençoar,
E as estrelas brilharão no firmamento
A Árvore de Natal que jamais se apagará.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010



Travesseiro Úmido.
J. Norinaldo.


Quando a noite se despede das estrelas,
E o sol vem chegando de mansinho,
O cansaço da insônia me domina,
O travesseiro úmido do meu pranto;
Conclama ao poeta a triste rima,
Mais uma noite que se foi sem acalanto.

Mais triste é saber que outra noite,
Virá tão serena e enluarada,
Que a estrela Dalva na madrugada,
Que apontavas dizendo que era tua,
Enquanto me beijavas com desejo,
E me chamavas divinamente nua.

Vem o sol, vem à chuva e vem a lua,
A primavera, o inverno e o verão,
A estação que mais sofro é o outono,
Quando vejo as folhas mortas pelo chão;
Quantas vezes visitamos o paraíso,
Tendo essas folhas mortas por colchão.

Lembras do riacho cristalino lá no bosque?
E as borboletas voejando ao teu redor,
O riacho já não corre mais, secou,
E com ele se foram as borboletas;
Não tem graça procurá-las assim tão só...
A solidão e a saudade é o que me restou.

Na primavera as flores não tem perfume,
Nem ciúme sinto mais, não tem por que,
A macieira que plantei não dá mais fruto,
Mesmo de luto, luto pra não te esquecer;
Sei que morri no dia em que te fostes...
Portanto, medo já não tenho de morrer.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Minha Taça de Cicuta.
J. Norinaldo.

Minha alegria hoje ficou bem menor,
Já era pouca e parte dela se esfacelou,
O que mais dói é saber que não há volta,
E este grito que a garganta não solta,
Por medo de uma lei que alguém criou.

Mas eu grito para dentro de mim mesmo,
Se a esmo eu gritarei mesmo assim,
Alguém há de escutar meu grito louco,
Já me disseram que Deus está dentro de mim,
Porém meu grito esmaece pouco a pouco.

Se gritar ao mundo quiçá seja ouvido,
Talvez punido por violar um tratado,
Que sentencia a morte a quem me escuta,
Que me ofereçam uma taça de cicuta...
E tenha o grito para sempre abafado.

Existem poetas que falam sempre de flores,
Grandes amores, fortes desejos paixões,
Mas é na dor que o poeta encontra a fonte,
Que cruza a ponte sobre as desilusões,
Que queima a alma com a lava dos vulcões.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Assim Caminha.
J. Norinaldo.

Besuntar o corpo com a alma seca,
Abraçar o vento com uma velha rede,
Regar o jardim aos olhos alheios,
Comer os recheios em nome da gula,
Defecar na água que lhe mata a sede;
É usar os arreios no lugar da mula.

Freqüentar o templo por temer a dor,
Falar num senhor com intimidade,
Renegando a besta com um nome qualquer;
Afiando a espada da insanidade,
Que degola e mata em nome da fé,
É assim que caminha a humanidade.

Levantando muro que esconde o tesouro,
Avança ligeiro a buscar o futuro,
Com unhas de ferro destruindo a terra,
E o grito de guerra que fala em caveira,
O sorriso triste nos dentes da serra...
Cultivando a planta que não dá madeira.

A moeda fácil que sustenta o vício,
De quem já tem tudo, mas quer muito mais,
A divulgação do que está na moda;
Cheirar numa roda que gira pra trás,
E os cascos da besta vão calando fundo...
Esmagando o mundo e seus ideais.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Flor em Botão.
J. Norinaldo.


Doeu-me tanto perder-te não posso negar,
Meu amor, no entanto no tempo resiste,
Deixaste-me ainda uma flor em botão,
Com o perfume inocente que a alma cultiva,
Reencontrar-te despetalada e triste...
A dor tornou minha triste alma cativa.

Mesmo que a vida me mostre o caminho certo,
Procuro o deserto o mentir da miragem,
Não serei feliz ao saber que não és,
Não tenho o direito tampouco coragem,
Para te implorar que voltes para mim,
Mesmo despetalada enfeitar meu jardim.

Seguirei te amando enquanto existir,
Na árvore dos sonhos tenho um ninho vazio,
Quem sabe um dia você me procure,
Tuas chagas eu cure e te aqueça do frio,
E o vento cante para nós a canção...
A versão verdadeira de amantes no cio.

A tua lembrança que cala minha alma,
Na noite tão calma de estrelas no céu,
Perdido sem rumo como louco divago,
Nos meus devaneios o teu corpo sem véu,
E que és o corcel que eu ginete cavalgo...
Enquanto me embriago com uma taça de fel.


sábado, 4 de dezembro de 2010



Marca no Cabo da Adaga.
J. Norinaldo.



Na marca do cabo da adaga,
O olhar do velho inquisidor,
A porta que range com o vento,
A estrela morta não se apagou,
A resina no troco já sem galhos;
Um castelo que fica sem senhor.

O vento que sopra da montanha,
Endurece a resina em sua chaga,
A cruz que é polida por bondade,
A luz da estrela que morreu ainda brilha,
Nem a mão que fez a marca na adaga...
Escreveu o poema da maldade.

Quem serviu como marca na espada,
Só perdeu o duelo para a vida,
Seu castelo já tem novo senhor;
A resina do troco já sem galhos,
Com o vento e o tempo petrificou,
Em fim a estrela morta se apagou.

Quando a chuva molha o tronco já sem vida,
Enquanto as portas do castelo rangem ao vento,
As estrelas brilham lá no firmamento,
E os troncos crescem vivos nos salões,
Ratos brincam e defecam nos brasões...
E a Adaga sobre o mofo dos porões.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010



O Sangue da Terra.
J. Norialdo.


No olhar de cobiça do corvo,
E a premissa no vôo do falcão,
Como a flecha lançado do céu,
Como a sonda que perfura o chão,
Em busca do sangue da terra...
Que traz guerra e poluição.

Como o bote da serpente,
É o dente da serra na mata,
É o ferro que cava na terra,
A procura do ouro e da prata,
E o homem arquiteta seu fim...
Em nome da ganância insensata.

Mas a chuva continua a cair,
E o rio está sempre a correr,
Não sei se fugindo de alguém,
Se pudesse eu fugia também,
Mas não tenho onde me esconder,
Sem saber se me escondo de quem.

Pois o sangue negro da terra,
No fundo do mar se escondeu,
Nem assim escapou da sangria;
Ninguém vê que desta transfusão,
Sobra a guerra e a poluição;
E a terra uma grave anemia.