Translate

sexta-feira, 8 de abril de 2011



Ser Diferente.


J. Norinaldo.



Segundo vi no Jornal Nacional, estudo realizado nos Estados Unidos com perfis de matadores em escolas, 95 por cento deles praticou o crime por vingança. Que tipo de vingança, já que tiravam notas altas e eram considerados bons e disciplinados alunos? Eu sei. E não fiz nenhum tipo de estudo ou pesquisa sofri na carne motivos suficientes para pensar em loucas vinganças. Tive que lutar muito contra este sentimento, e nessa luta terminei me vingando de mim mesmo, tornando-me alcoólatra chegando ao fundo do posso. Para uma grande parte da humanidade, Deus quando fazia sua mais bela criação, ou seja, o homem, utilizando o barro e o Seu talento, não primava pela uniformidade, vez por outra distraído fazia alguém diferente, até para evitar a crítica que criara apenas uma forma e dela fazendo todos iguais. Vez por outra seus auxiliares deixavam alguém ainda mole cair ao chão, e voltavam com a criatura torta e feia para o Criador. Senhor, perdão, deixei cair essa criaturinha que ficou horrível de feia, pode consertá-la? E O Pai, em sua imensa sabedoria lhe diria: Não filho, deixe-a assim mesmo, senão essa bela criatura que acabei de fazer, não terá com que se divertir. Será? Psicólogos e psiquiatras dão sua versão a toda hora, teoria aprendida em bons colégios, sem nunca ter vivido nenhum tipo de preconceito. Tipo aquele menino ou menina que está sempre presente na charge do jornalzinho do colégio, ou que tem medo de olhar para trás quando passa por um grupo de colegas, sabendo que estão imitando como anda. Isto do primário a faculdade, quando este consegue superar este tipo de agressão continua e maldosa, muitos abandonam os estudos e se tornam introvertidos, depressivos, quando não abraçam o vício como eu fiz, por medo de tomar uma atitude criminosa e catastrófica, como a que aconteceu recentemente no Rio de Janeiro. Está mais do que na hora da sociedade atentar para algo que acontece diante dos seus narizes, das escolas, onde há grande reunião de jovens e crianças, começarem a ensinar um comportamento igual para as pessoas diferentes, para que esses diferentes possam sonhar igualmente como os iguais, e não usar o seu tempo pensando em vinganças, que muitas vezes concretizam, gerando rio de lágrimas, e em pessoas inocentes que nada tem a ver com sua louca vingança. Vi também no Jornal Nacional, quando apresentaram o jovem que entrou num cinema com uma metralhadora e matou várias pessoas. Viram que aquele jovem nada tem de bonito, pelo menos a beleza de consumo, tão usada para qualificar uma pessoa. Não estou aqui pedindo tratamento diferenciado para quem é diferente isto seria preconceito, apenas tratamento igual. Dizer que alguém feio é bonito talvez seja até pior que dizer que ele é feio, e até pode se dizer, depende da maneira. Tentar mostrar que o assassino de Realengo matou mais meninas, por estas serem mais pontuais e entrarem na sala primeiro, sentando-se as primeiras carteiras, é tão prático e tão conveniente, como dizer que por terem mais cabelos, isto chamava a atenção do assassino. Vamos ter coragem e enfrentar a verdade, que pode não ser a minha, mas acredito que tentar não custa nada, e só tornaria a humanidade mais humana. Quando no Chat você se descreve como um verdadeiro Apolo, achando que se disser a verdade nenhuma gata vai saber de papo com você, está simplesmente passando um E-mail ao criador dizendo: Está vendo? Era assim que eu queria ser, e não essa coisa que me fizestes. Portanto devemos ser o que somos, podemos criticar quem por exemplo: cheira mal por descuido, por ser feio nunca, ou estaremos criticando o Criador por tabela.

1 comentário:

Agnes Mirra disse...

Texto hábil e com dinâmica atraente...Além de palavras que reportam sentimentos e reflexões...

Gostei da postagem, vou seguir sempre!!!!