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terça-feira, 2 de agosto de 2011


Banquete Profano.

J. Norinaldo.


Suprema seja a lei do mais tirano,

Que indica o caminho do cadafalso,

Para aquele que renega o próprio nome,

E se atira ao banquete mais profano;

Bebendo o vinho feito da flor...

Cometendo o crime mais insano.


Se o talo da avenca é fino e frágil,

Quando seca sede o galho para o ninho,

A parreira que dá sombra no verão,

A menina hoje carente de carinho;

Amanhã será a uva para o vinho,

Sem fermento ou a pressa do caminho.


Quem ceifar o trigo antes do tempo,

Quem beber do vinho feito da flor,

Terá sempre um tirano em seu caminho,

Viverá sem conhecer o amor;

Passará nessa vida por passar...

Sem conseguir estuprar a própria dor.

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