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quinta-feira, 18 de agosto de 2011


A Menina da Janela.

J. Norinaldo.


Por detrás da janela corroída pelo tempo,

A juventude e a beleza que o velho não esconde,

Olhos que não viram essa porta quando bela,

Colorida, com vida, como uma aquarela,

Para onde foi tanta beleza, para onde?


Outra musa que ai também posava,

Que deu a vida para a musa que hoje posa,

Ainda é musa nos retratos do passado,

Bela senhora num vestido cor de rosa,

E o portal esquecido e não pintado.


A janela talvez seja como a vida,

Que pintada não é jovem novamente,

Pagamos caro pelo tempo que é vivido;

Um retrato amarelado pelo tempo,

É colorido pelo tempo que não mente.


Por certo, um dia a menina da janela,

De olhar meigo e um sorriso encantador,

Será um retrato para o tempo colorir

Sua semente o tema para outro poeta...

Desse portal de alguém que já não sorri.

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