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quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Súplica.

J. Norinaldo.

Despojem-me dos meus bens materiais,

Mas não mutilem, por favor, a minha crença,

Devolvam aos Templários seus tesouros,

Extirpem meus malignos tumores;

Não escondam no escuro meus temores,

Nem me forcem a seguir com seus romeiros.


Não desviem o traçado do caminho,

Que sozinho construí a duras penas,

Só por que todo caminho leva a Roma,

A idéia que não soma leva ao nada,

Se não fiz uma senda só pra mim...

Sendo assim, posso escolher outra estrada.


Podem mutilar a minha crença,

Se o meu credo é infundado e sem sentido,

Podem até apagar o meu caminho,

Podem me deixar com meus tumores;

Que meus temores não me deixarão perdidos,

Mesmo tendo o caminho apagado e esquecido.


Deixem-me escrever os meus poemas,

Cujos temas vão surgindo assim do nada,

A herança que tenho para deixar nessa vida,

E minha crença que se foi tola ou foi vazia...

São as marcas que deixarei pela estrada;

No meu tesouro que chamo de poesia.

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