Súplica.
J. Norinaldo.
Despojem-me dos meus bens materiais,
Mas não mutilem, por favor, a minha crença,
Devolvam aos Templários seus tesouros,
Extirpem meus malignos tumores;
Não escondam no escuro meus temores,
Nem me forcem a seguir com seus romeiros.
Não desviem o traçado do caminho,
Que sozinho construí a duras penas,
Só por que todo caminho leva a Roma,
A idéia que não soma leva ao nada,
Se não fiz uma senda só pra mim...
Sendo assim, posso escolher outra estrada.
Podem mutilar a minha crença,
Se o meu credo é infundado e sem sentido,
Podem até apagar o meu caminho,
Podem me deixar com meus tumores;
Que meus temores não me deixarão perdidos,
Mesmo tendo o caminho apagado e esquecido.
Deixem-me escrever os meus poemas,
Cujos temas vão surgindo assim do nada,
A herança que tenho para deixar nessa vida,
E minha crença que se foi tola ou foi vazia...
São as marcas que deixarei pela estrada;
No meu tesouro que chamo de poesia.
Sem comentários:
Enviar um comentário