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quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Naufrago.

J. Norinaldo

Soltem as amarras do meu barco, não temo a tempestade a procela, que o vento estraçalhe a minha vela, naufragado já estou mesmo em terra. Este barco carregando minhas mágoas, minhas lágrimas que hão de acrescer o mar, pelo menos nessa luta sou um bravo, não escravo de quem não soube me amar. Se por acaso da procela saio vivo, terei motivo pra valorizar a vida, e procurar na estrada prometida o amor que até hoje não consegui encontrar. Soltem, não segurem mais meu barco, neste charco não pretendo mais ficar, formando pântanos de lágrimas doridas, por alguém que não merece o meu sofrer; deixem que as vagas me levem para o fundo, pois viver neste mundo sem amor, como o poeta já dizia, sem amor não existe poesia, e quem pensa que vive só pensou, na verdade... não viveu só passou.

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