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segunda-feira, 5 de setembro de 2011


O Silêncio do Escuro.

J. Norinaldo.


Quem falava a mesma língua se calou,

E o escuro tão temido se acendeu,

E o fruto já não nasce como antes,

O que o escuro escondia apareceu,

E os mudos agora são falantes,

A semente plantada não floresceu.


O troar do canhão ficou mais perto,

Mas o oásis do deserto resistiu,

A gordura da terra virou ouro,

É o tesouro do tirano que caiu;

E o mundo esperando nova guerra...

No preço da bolsa por barril.


É o homem explodindo a própria vida,

Na corrida da ganância e do poder,

Esmagando com os pés seu semelhante,

E o mudo vai falando sem saber...

Que o silencio também é importante,

E que a semente no paiol não vai nascer.


O turbante, a coroa ou o bastão,

Na mão do tirano é covardia,

Se a semente não brota no deserto,

E o troar do canhão está mais perto...

O crime compensando a cada dia,

O silencio do escuro é que está certo.

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