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sexta-feira, 21 de outubro de 2011


O Castelo e o Barraco.

J. Norinaodo.

Uma vila de castelos tão bela, um retrato e não uma tela, que peguei por papel de parede, que beleza o homem constrói, pena que não vê o quanto destrói a maior delas que é a natureza. Vejo as nuvens escuras no céu, no meu lindo papel de parede, como se o alto ignorasse a beleza das torres, assim como a água não escolhe de quem mata a sede. Os pássaros fazem seus ninhos sempre iguais, o que canta mais não constrói um castelo, e nem sempre o mais belo é o que canta mais, por que não seguimos esse exemplo, e usamos o ouro do templo, que tiramos da encosta do monte, para tirarmos de debaixo da ponte, nosso irmão nosso semelhante, antes que a enchente o faça por nós? As nuvens brancas num céu azul noutra tela, sobre os telhados pobres de uma favela, não tem nenhum significado, e o castelo não desdenha o barraco, como o homem mais fraco, é por seu semelhante pisado. Até mesmo por que, se pensasse iria saber o que é ser mais, forte ou mais fraco, e também que quem o construiu, foi aquele que habita o barraco. Mas, nem sempre quem faz é o dono, numa noite sem sono escrevi este texto, que achei tão bonito, dormi e sonhei, mas não entendi, onde me inseri no meu próprio contexto.

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