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domingo, 16 de outubro de 2011


Procura-me.

J. Norinaldo.


Enxerga-me no teu vidro de perfume,

Sente-me no roçar do teu batom,

Descobre-me na sombra da roseira,

Nos raios de sol pela manha,

Na brisa que acaricia teus cabelos,

No doce perfume da maçã.


Quando uma gota de suor te percorrer,

Não interrompas o seu doce deslizar,

Nos sutis arrepios dos teus pelos,

São meus beijos mais safados procurando,

Como o vento alcoviteiro inconseqüente,

Outros lábios perfumados pra beijar.


Ouve a brisa cochichar-te ao pé do ouvido,

E a flor se abrindo a receber a invasão,

Na tumidez dos teus montes que se erguem,

Nos gemidos que te afloram na garganta;

Nos tremores do teu templo em ebulição,

É o acme do amor que te acalanta.


Lembra-me no teu grito que liberta,

Quando te entregas ao amor sem marasmo,

Procura-me no escuro da noite mais silente,

Nas convulsões quando o teu corpo sedento,

Explode no furor do teu mais doce entusiasmo,

Encontra-me no tremor mais violento...

No momento do teu verdadeiro orgasmo.

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