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terça-feira, 8 de novembro de 2011


Fome de Amor.
J. Norinaldo.

Faminto de amor, carinho e de beijo,
Transpiro desejo e destilo paixão,
Como um velho lobo uivando pra lua,
Buscando aconchego no escuro da noite...
Em sombras sem vida que encontro na rua.


Beijando outra boca que não é a tua,
Cheirando a tabaco e bebida barata,
Acaricio seios sem nenhuma paixão,
Ouvindo suspiros falsos como eu...
Possuindo outro corpo que não é o teu.

Invejo os loucos os ébrios perdidos,
Por que na loucura que se é feliz,
E os ébrios que encontram a felicidade,
No próprio infortúnio da realidade...
Como o perfume falso de uma meretriz.

Como a esperança ainda não morreu,
E a perseverança só aumenta o desejo,
De um dia poder prenunciar teu nome,
Cavalgar a fúria do teu corpo insano...
Concitando a loucura, que mate essa fome.


1 comentário:

Neuza Rodrigues disse...

Sim, de fato somos dúbios, dos sentimentos, hora por
não querermos assumir algo, ou por falta de coragem,
preferimos sempre sermos amados do que amar de verdade,
sempre queremos a contrapartida, o ônus da prova. Convenhamos
que somos pretensiosos e egoístas, não assumimos nem a nós mesmos.
Perdemos a razão de cobrarmos um amor de outrem, por falta de
sinceridade, preferimos se jogar em braços alheios por vaidade e medo
de amar e assumir um amor verdadeiro e aberto com alguém.Belo poema amigo.