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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Fuga para o Nada.

J. Norinaldo.

Busco na imensidão do nada,

Respostas as minhas indagações,

Por que as miragens nos desertos,

São sempre as nossas aspirações;

E depois de crescido não me assusta...

O fogo que soltavam meus dragões.


Os caminhos se tornaram bem mais curtos,

E as distancias se encolheram no imenso,

E apagaram-se as velas dos velhos castiçais,

Mudou-se por completo o perfume do incenso;

Não se precisa mais dos antigos cabedais,

De bastidores de bordados, antes feitos com dedais.


A menina que brincava de boneca,

Hoje brinca de fazer boneca viva,

E a mãe que pensava em enxoval,

Só pensa hoje em ante concepcional;

E o trem lotado cansando a locomotiva...

E a humanidade achando tudo normal.


E no delírio o homem tentando uma fuga,

Encurtando a distancia ao próprio fim,

Retirando das folhas o mais belo verde oliva,

E nas carreirinhas que não saem do lugar;

Transformando depois em pó a morte viva...

E o deserto, vai trocando de lugar.


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