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sábado, 24 de dezembro de 2011




A Vida.
J. Norinaldo.

Um orgasmo o ápice do prazer carnal,
É o marco zero que limita a existência,
Como uma propaganda fútil enganosa,
Que confunde até a própria consciência,
Como se tudo fosse igual a um mar de rosa...
E não houvesse, sacrifício e penitencia.

Seria bom como pensou o poeta,
Se partir do marco zero para baixo,
Contrariar de certa forma o Criador,
Percorrendo o inverso caminho do riacho
Até a hora de deixar o universo...
Com um banho morno no mais belo ato de amor.

Cada primavera perfumada pelas flores,
É uma conta do rosário que se vai,
E o caminho vai ficando mais estreito,
Até que um dia como um fruto que cai,
Um galho seco que só serve pra graveto;
Nos despedimos pra prestar contas ao Pai.

Na verdade ninguém fica pra semente,
E ninguém parte demonstrando entusiasmo,
Muitos não sabem e nem conhecem o marco zero,
E as primaveras só serviram como marcas;
Como estacas que delimitam a longevidade,
Imaginem a felicidade, a vida terminar com um orgasmo.

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