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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012




Angústia.
J. Norinaldo.

A angústia dardeja a alma e os sonhos,
Pesadelos medonhos  que vicejam despertos,
Miragens tão lúcidas que calejam a mente,
Nos oásis demente dos loucos desertos,
A angústia aguça os ouvidos que ouvem...
Gemidos de amor que cortam a noite silente.

O carinho entre os pombos na praça deserta,
Desperta a angústia de quem vive sozinho,
Que não sabe o que é o calor de um abraço,
O mormaço de um beijo o sabor de um carinho;
A angústia transforma qualquer um em estrume...
Capaz de sentir  ciúme, de um passarinho.

Qual a diferença entre angústia e a dor?
Ou a falta de amor de uma vida inteira,
Por que os pássaros fazem juntos seu ninho?
Seria assim como um jardim sem ter flores?
Ou alguém que nascesse só para sentir dores?
Por sentir ciúme até de um passarinho.

Ah! Angústia malvada que há tanto me segue,
E transforma meus sonhos em pesadelos,
E me aguça os ouvidos a ouvir os gemidos,
Ou mesmo os gritos de amores desfeitos;
De quem desconhece o que é viver sozinho...
Capaz de sentir inveja até de um passarinho.

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