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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012




O Ano Novo.
J. Norinaldo.

Novo ano, vida nova renovando tudo,
Em cada mural novas frases novos temas,
E os problemas se foram com o ano velho;
Doce sonho tão sonhado em cada recomeço,
A cada tropeço não representa novo fardo,
Só aumenta o peso do fardo que já mereço.

Festejamos a chegada do novo ano,
Sem ver que o ano é o tempo soberano,
Que cada ano que passa, nos deixa um traço,
E cada vez mais pesa o fardo em nosso ombros;
Quantos mais anos se passarem mais escombros...
Mais diminui a força do nosso abraço.

O ano é  mesmo como um velho solitário,
O calendário não deu nenhuma Ana,
Talvez por isto seja tão intempestivo,
Vai riscando nosso rosto sem motivo,
Como se a vida fosse só uma gincana;
Onde a principal tarefa é se manter vivo.

Mais um ano que se foi e outro que chega,
O que se foi e  que não voltará jamais,
O tempo é o mesmo, o ano um número uma marca,
Como uma pedra na coroa de um  monarca,
Cujo trono ruiu há alguns anos atrás;
Cada segundo que passa, não passará nunca mais.


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