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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012




O Rascunho da alma.
J. Norinaldo.

A poesia nem sempre é lirismo
Flores, por do sol, romantismo,
Por vezes carece de dores.
Mordidas no vento, olhos revirados,
Palavras sem nexo, gritos incontidos.

A beleza fugaz ante o primeiro beijo,
A primeira caricia o primeiro arrepio,
Que acende no ser o intenso desejo,
Na alcova macia da noite tão calma;
Transforma a beleza no rascunho da alma.

No olhar de loucura a candura se esconde,
E se expande a luxúria pela efemeridade,
O ranger da alcova confunde os gemidos,
Gritos reprimidos na felicidade que acalma
Transformando a beleza no rascunho da alma.

A primavera florida que a vida perfuma,
E as folhas do outono que bailam ao vento,
Remetem o poeta ao velho romantismo;
Enxergando a beleza no rascunho da alma...
 Pois nem sempre a poesia é de fato  lirismo.





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