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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012



A Sombra do Juazeiro.
J. Norinaldo.


A sombra do juazeiro, o cocho dos bois de canga, o primeiro olhar carinhoso, segundos de eternidade, teu vestidinho de chita enfeitado de missanga; lembro teu rosto corado com a insistência do olhar e da minha felicidade. O cocho a primeira alcova da inocência perdida, a sombra foi testemunha do delírio genuíno, e o vento alcoviteiro pelo badalar do sino, enquanto te feria de vida naquele ato divino. Ficaram  marcas profundas nas pedras daquela cama, macias para quem ama, como as garras da paixão. Ali mesmo, juramos fidelidade, tomamos os bois de canga como símbolos da nossa felicidade, tão unidos pela vida até na diversidade. Ah! Se o tempo parasse para descansar naquela sombra, e dormisse para sempre e nunca mais acordasse, quanta coisa evitaria, e esta triste saudade, daquela felicidade também não existiria.

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Ser feliz é ser simples. A sombra do juazeiro, os bois, as cangas e os canzis, testemunhas da felicidade. Ato divino. Estou de volta. Abraço, amigo.