A armadura de amigo.
J. Norinaldo.
Eu não fui a sua festa, pensei que me entenderia,
E tudo que eu mais temia, foi acontecer comigo,
Sonhei com este convite, a coisa que mais queria...
E de repente descubro que não tinha fantasia,
A não ser uma já velha, a armadura de amigo.
Já não consigo esconder que esta amizade me mata,
Maltrata meu coração somente você não nota,
Minha cota de sofrer faz muito que se esgotou;
A dor que dói no meu peito e me causa tanta amargura,
Como a ferrugem corrói a minha velha armadura.
Eu não fui a sua festa, e nem irei nunca mais,
Quem sabe na despedida, quando ai já será tarde,
Não posso vê-la nos braços de outro que nem conheço;
Também não sei se mereço todo esse sofrimento...
Por esconder meu sentimento, numa atitude covarde.
Eu não fui a sua festa, para você não vir a minha,
Fantasiada de rainha com o seu príncipe consorte,
Eu não indo a sua festa não correrei o perigo,
De recebe-la na minha com a armadura de amigo,
Nem pensar nisso consigo, querida, prefiro a morte.
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