Dragões da minha Infância.
J. Norimaldo
Sinto saudade do meu lanche, do
meu ponche aguado de limão, de um pedaço
de pão por vezes amanhecido, da lancheira que ganhei de uma madrinha, do bem me
quer desenhado a mão em sua capinha. Sinto saudade dos brinquedos, dos medos
dos dragões que não existem, a não ser no imaginário infantil, mas que não
cabem na cabeça dos adultos. Sinto saudade da escola pequenina, da professora
franzina, que falava com as mãos; a gente esquece a primeira palavra dita, o primeiro
beijo a primeira namorada ou o presente mais bonito, mas a primeira professora
ninguém esquece jamais, e não tampouco a saudade que ela traz.
Até hoje ainda ouço alguma
história, de régua de palmatória da Dona
Essa ou Aquela, e até hoje choro ao lembrar da minha, da linda professorinha
que me ensinou o B, A Bá. Onde andará?
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