A Gangorra do Destino.
J. Norinaldo.
Se a gangorra do destino não emperra,
nem o fiel da balança tem um lado, se os gritos de euforia me estressam, não me
interessam as estatísticas do mercado.
Se o amor anda de veras ocupado, me conformo com um corredor vazio e um tosco banco
do lado que mereço, se o sol que aquece não tem preço e a vida for suave como a
sombra e exata como os lados de um quadrado, e o fiel da balança imparcial,
como um rio que corre para um lado; recusarei o beijo da falsidade, para não
plantar e regar a fantasia, na ilusão de colher felicidade. Só então divulgarei
meu poema, cujo tema o mundo entenderá afinal, que somente para aqueles que
cultivarem o amor incondicional, o fiel da balança penderá mas a gangorra
continua a balançar.
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