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sexta-feira, 9 de março de 2012



A Máscara da Dor.
J. Norinaldo.


Não fostes ao meu sarau não só por que dormes cedo, também não fostes por medo, então qual é o segredo ou somente insensatez? Tua falta foi sentida, ficou um pouco sem vida, sem a tua poesia, até na hora da despedida dizer-te eu nem preciso, que a falta do teu sorriso deixou a noite vazia. Se fosse um baile de máscaras quiçá aqui estarias, com sorriso desenhado, por trás de um rosto marcado, por um carinho mal feito, pelo sorriso desfeito perante um grito de horror, de alguém que amor prometeu amor que o tempo inverteu num labirinto de dor.
Não irei ao teu sarau para não te ver fingindo, podes mentir com a boca, mas os teus olhos desmentem, não quero ver teu sorriso enquanto por dentro choras; nem medir o sofrimento da tua realidade, forjando  felicidade, fingindo que me ignoras.

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