Ventos da Soberba.
J. Norinaldo.
Não singro os mares da vaidade, com as velas empurradas pelos ventos da soberba, orientado pelos mapas dos cavardes, cujo norte sempre aponta para o nada. Se o azul que há no mar jamais desbota, e o bordado sobre a onda não desfia, se a estrela que brilha na noite serena, tão pequena se torna grande refletida sobre o mar da poesia; se os gemidos nos meus mastros na procela respondem ao vento que açoita a minha vela, vista de fora a tempestade é tão bonita a natureza refletida numa tela. Ao navegante traz aflição e terror, assim é com quem não tem paz e amor, mas que servem de deboche para aqueles emproados, que não empunham leme do navegador, e acreditam que por traz do elmo da beleza, se esconde a certeza do amor.
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