Meus Heróis, Meu Estandarte.
J. Norinaldo.
O pano que secou o sangue fresco da trincheira, não é o mesmo que tremula ao vento como meu estandarte, aquele que tombou na lama, ou pereceu na chama defendendo ideias que nem eram suas; hoje é lembrado em bandos, é nome de barcos que sequer são ruas. A seda da bandeira altiva que tremula viva no mastro, retornou intacta do teatro de guerra, como o ouro que surgiu da terra para fazer medalha, difere do pano que secou o sangue e que por lá ficou por simples mortalha. E assim segue o ser humano em busca da verdade tesouro escondido, muito mais perdido que o elo buscado, beijando a seda do pano hasteado como um rico tesouro, o pano que secou o sangue para mim seria como um Tosão de ouro. Me curvo diante do rei por obrigação e quando lhe beijo a mão é por fingimento; lembrando quem derramou o sangue que o pano secou na ferida mortal, que deveria enfeitar o lábaro da bandeira por quem honro e lutei como Fuzileiro Naval. É preciso morrer lutando e tombar para frente para depois... Ter o nome lembrado num pequeno hino que a honra compôs.
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