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terça-feira, 23 de outubro de 2012




O Palhaço e a solidão.
J. Norinaldo.


Por que deixar que a chuva retire minha pintura,  isto não me fará outra pessoa diferente; sou palhaço, já tentei ser domador, mas não consigo domar a dor que trago sempre comigo. Quem sabe o trapézio seja a minha salvação, um simples erro, um só tropeço e de vez nessa tristeza põe um fim, a chuva pode até lavar meu rosto, mas não levará o desgosto que está dentro de mim. Ainda ouço o ruído das risadas, das palhaçadas que forçadamente fiz, para quem estava na arquibancada gargalhando, pouco ligando se o palhaço é feliz. A chuva bem que parece comigo, tantos pingos e nos transmite solidão, meu guarda chuva oura é  meu grande circo, e a chuva me aplaude na escuridão. Meu desabafo talvez você não entenda, até hoje o mundo não entendeu, se sozinho faço todo mundo rir, será que o mundo não mais palhaço do que eu? Bem, eu não sei quem tem razão, talvez conheça a felicidade na teoria, e minha alegria seja mesmo a solidão.

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