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domingo, 7 de outubro de 2012





O Palhaço Solidão.
J. Norinaldo.


Quem sou eu? Sou o Palhaço solidão! Mas não existem mais circos, já são coisas do passado. É verdade, os circos já não existem, mas eu Palhaço ainda resto, só não sei se ainda presto para fazer alguém sorrir; estou aqui pagando uma sentença, durante minha existência não fiz outra coisa a não ser fingir; e por ter mentido tanto, quantas vezes com a minha alma em pranto eu fazia você sorrir. Hoje a lágrima no meu rosto não foi a tinta que escorreu, o pranto agora é meu, não consigo mais fingir. Acredite, foi por amor que menti, a verdade é que na vida eu mesmo nunca fingi. O que? Quer que eu sorria agora? Como se a minha alma chora justamente por que eu nuca sorri. Não! Deixe-me em paz para que meu circo exista, sem leão sem trapezista, apenas comigo o Palhaço Solidão, aquele que foi um mentiroso verdadeiro; Hoje o céu é minha lona e o mundo  o meu picadeiro.

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