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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012




A Janela.
J. Norinaldo.

Por esta janela eu vejo o rio, a montanha o céu e vejo o sol, vejo a beleza sem inveja, vejo o vale que verdeja e o colibri beijar a flor; vejo a borboleta colorida, vejo a chuva e vejo a vida, só não vejo o vento, Deus e o amor. Quando quero vejo Deus nessa beleza, vejo o vento agitando a natureza e o amor no prazer de tudo ver. Desta janela eu vejo o rio, que desliza calmamente entre as montanhas como a mansa serpente que caminha, levando nas suas entranhas a seiva que alimenta o mar. Desta janela eu vejo a águia no seu voo imponente e elegante, passar pelo abutre sem rompante, sem nenhuma soberba no olhar. Por esta janela eu te vejo e  em ti posso ver o meu desejo de ser colorido e de voar.
Olha bem, através dessa janela, e guardas a beleza como de uma rara tela, que por mais bem pintada e mais bela, jamais se compara... Com o que ora tu vês através dela.

domingo, 30 de dezembro de 2012




                                                             Poema da Folha Morta.
                                                                  J. Norinaldo.

                                                        FELIZ ANO NOVO A TODOS!

Ah! Como gostaria de receber algo teu, mesmo que fosse apenas alguns rabiscos, uma tela pintada apenas com poeira e ciscos, uma flor feita com um papel qualquer; um poema mesmo que bem mal escrito eu acharia bonito e guardaria com amor. Sabe no amor mesmo a loucura é bela, pois não precisa de tela, em qualquer muro pincela e pra ela é a mais bela pintura; a loucura que jamais será extinta, também precisa tinta para ornar a moldura. Ah! Mandas-me algo só teu, sem Fernando Caio Abreu, nem que seja uma palavra. Vai,  apenas “Te amo” escreve em uma folha morta e deixa embaixo da minha porta, e te juro sem nenhuma hipocrisia que guardarei para sempre como a mais bela poesia. Vai! Aproveita este ano que se vai, pede inspiração ao Pai, eu já te indiquei o tema, e aticei tuas chamas, faz o mais belo poema diz apenas “Que me Amas”. Ah! Faz-me isto e me seduz, apenas “Eu te amo” escrito numa folha morta, embaixo da minha porta, que verei com o primeiro raio de luz e que me trará aprova que serei muito feliz no ano que se renova. Vai!



                                                   Canto em Silencio.
                                                        J. Norinaldo.

                                                      FELIZ ANO NOVO.

Que eu cante em silencio teus encantos, pelos cantos de um planeta enternecido, para que não acorde com meu canto o ciúme do planeta adormecido. Que eu veja semente com os olhos da alma, com a visão calma a alvura do teu colo. Que eu possa com o silencio do meu canto, fazer ondas no dourado dos teus pelos, e que os apelos de que falam esta canção, não acordem o ciúme sem razão, que acorrentado e com sua alma nua, continua na caverna de Platão. Deixai que eu grite em silencio este meu canto, que em cada canto do planeta se eternize, como uma rosa em cada jardim se enraíze, e seda o pólen para qualquer uma flor que o colibri roreja, que este canto de silencio para sempre seja, o hino eterno do Amor.



   Ao Encontro de Mim Mesmo.
 J. José Norinaldo 

           FELIZ ANO NOVO A TODOS.

Estou indo ao encontro de mim mesmo, para refletirmos sobre o ano que passou e decidirmos as mudanças que queremos, para não fazermos como antes já fizemos, esquecemos de propósito o passado e os mesmo erros cometidos novamente cometemos. Vou sentar-me frente a frente com eu mesmo, não a esmo, mas sim para refletir, se vale a pena escolher novos caminhos, plantar rosas mesmo que tenham espinhos, sofrer por amor, mas não mentir. Estou indo se alguém  quiser ir comigo, mais um amigo para comigo seguir, a subida da montanha é tão sofrida, fica mais fácil se o fardo dessa vida dividir.
Estou indo ao encontro de mim mesmo, não espero nenhum tapete vermelho, quero encontrar comigo mesmo, não a esmo como faço sempre a frente de um espelho, com a certeza que um dia desse espelho fugirei, e me refugiarei no meu mutismo por que um dia  desse encontro por covardia declinei. Agora é o momento eu sei.




Sem  Pensar.
J. Norinaldo

                                                 FELIZ ANO NOVO A TODOS.


Eu já falei sem pensar, eu já pensei sem falar já sufoquei tanto grito já suportei tanta dor. Por amor, já senti e não falei, já gritei e não ouvi até esqueci quem sou. Agora, a partir deste momento eu vou pensar com o vento, muito antes de falar, por amor, tentar suportar a dor só no extremo gritar. Eu já sofri por não pensar, já pensei que só amar era o suficiente, por isto já gritei por muita gente sem nunca ser escutado, pois o amor só existe quando também se é amado. Eu já pensei ser rejeitado e na verdade era amado e ai, falei sem pensar, por que já tinha pensado. Eu já gritei sem sentir dor, simplesmente por amor por não para e pensar: que é muito mais importante amar do que ser amado, pois quanto mais amor se dá, mais amor se tem guardado.
Eu já pensei em falar, que vivo para te amar, mas descobri que não dá; quem sabe um dia talvez, eu vença a timidez e te fale sem pensar. Ou quiçá já te falei.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012




Agora eu Sei!
J. Norinaldo.


Agora eu sei o que é morrer em plena festa, jogar a toalha com a luta vencida não entender a legenda do filme do final da vida, e ter como mortalha uma camisa de força tão descolorida. Agora eu sei que a vida é um blefe, e que ninguém merece ser obrigado a jogar. Agora eu sei por que chorei na chegada de cabeça para baixo vi o mundo como realmente ele é; agora eu sei por que me ensinaram a rezar e a pensar tanto em fé.Agora eu sei por que me convidaram a comer o pão e beber o vinho da sagrada prosa, a pisar no espinho e me ferir com a rosa se conhecemos a história do começo e do final,  Agora eu sei  que não justifica essa troca de presentes no Natal. Agora eu sei!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012




O Sorriso da Hiena.
J. Norinaldo.


Que motivos tem a hiena pra sorrir, e quem me garante que é sorriso e não um esgar por pura pena, e você que sabe como sorrir, mas tem o sorriso da hiena. Que motivos tenho eu para chorar? O que não tenho é espaço para enumerar, e de muito espaço eu preciso, mas diferente da hiena, não tenho esgar e sim sorriso. O som da onda mansa na areia, é diferente da brisa sobre a mata, como riacho que canta docemente, diferente da cantiga da cascata. Será que a hiena tem motivos pra chorar, e chora em forma de sorriso, no entanto, eu tenho motivos pra chorar e meu sorriso vem em  forma de pranto. Se eu tenho motivos pra viver? A minha resposta é sempre sim, por que tenho motivos pra chorar, mas uma hiena jamais irá sorrir de mim.

sábado, 22 de dezembro de 2012




O Fim do Mundo. Fim dos Maias.
J. Norinaldo.


O Mundo acabou faz muito tempo, para aqueles que deixaram de sonhar para quem vê Deus em seu espelho e que já não sabe a quem orar; Para os Maias, para os Incas e para tantos, que deixaram na pedra sua história O  mundo faz tempo que acabou, apenas a luz não foi acesa e as cartas ainda estão na mesa, do filme que assistimos no final. O mundo se foi com o amor palavra que vem lá da antiguidade e que  se perdeu no modernismo, o mesmo aconteceu com o romantismo, só não conseguiram destruir a dor. O mundo acabou junto com  família, e assim como uma casa sem mobília, como uma grande nau sem quilha girando num imenso mar, a vida sem ter onde ficar e sem um farol que lhe oriente nem mesmo a fogueira de Platão, passa o tempo esperando o sinal para fitar uma tela conhecida, para assistir o filme da sua vida, aguardando o The End do final

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012




FELIZ NATAL A TODOS
J. Norinaldo Tavares e Iracila Mendonça Tavares.
Nossos Sinceros Votos.


Um Feliz Natal a todos, meus amigos ou não, se não somos amigos não nos conhecemos, quando acontecer, com certeza amigos seremos. Para os meus inimigos, um Feliz Natal, pois Jesus é o mesmo para você e para mim, e não me custa nada lhe deseja isto em fim... Feliz Natal a todos, não sonegue a sombra da árvore que plante, pense no amor como o fruto; e faça como o aniversariante. Que nos deu Seu amor incondicional e por nós morreu numa cruz, e às vezes lembramos Jesus, somente em cada Natal. Que o Natal para ti seja uma constante e que tenhas sempre presente em teu coração o aniversariante. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Revista Pobres.
J. Norinaldo.



B.C. Forbes fundou a Revista “Forbes”, que além de tratar de negócios e economia traz a lista dos mais ricos do mundo; estou pensando em lançar aqui no Brasil a Revista “Pobres” que tratará daqueles que migram Dela para a “Forbes” depois de entrarem para a política. O que acha, será que alguém assina?

domingo, 16 de dezembro de 2012




As Vezes.
J. Norinaldo.


Às vezes ser poeta me maltrata, ao escrever com lágrimas uma poesia, falando de alguém que não conheço, mas estremeço ao pensar que meu semelhante é capaz de tamanha covardia. Este monstro a quem abomino o nome que gerou esta mórbida história sofrida que atirou friamente em Vitória, que escudou seus alunos com a própria vida. Às vezes ser poeta me maltrata, pois o poeta retrata a maldade por inteira e ver com os olhos da alma, não só a rosa, mas os espinhos e a roseira. Com estas singelas linhas não busco fama nem glória, mas te ofereço Vitória do fundo do coração, com a minha indignação por este ato nefando, por Deus não sei até quando, para escrever e chorar.
Vitória, de longe eu te ofereço a minha singela prosa e um pedido sincero, que alguém no cemitério por mim te atire  uma rosa.



Olhos no Espelho.
J. Norinaldo.


Quando cessar a tempestade e um olhar varar o breu da noite em busca de uma estrela a lhe guiar, quando a vista embaçada pelos raios, no mar azul ver miragens do deserto, na bonança acreditar que o céu é perto. Depois que a tempestade passar poder ver a força que tem um olhar, capaz de atravessar a montanha, que com calma a tempestade acompanha, e a luz dos raios só o conseguem embaçar. Você sabe a força que tem no olhar? Os olhos não servem só pra chorar, os olhos falam, gritam cantam e imploram, está certo choram mas também podem matar, são capazes de punir e perdoar, de olhar com ódio ou com paixão, envergonhados se dirigem sempre ao chão. Veja este olhar no espelho, está ai é só você querer ver, se você ainda não se conhece, aproveite então pra se conhecer, olhe bem para estes olhos, pois este ai é você.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012




A Boneca e a Menina.
J. Norinaldo.


Vez por outras se fazem bonecas negras, e pasmem são bem mais caras, claro são bem mais raras não sei se são bem mais belas. Por que bonecas de cores se crianças não tem preconceito? É o nosso jeito de dizer isto pra elas. A boneca loira com seus cabelos de ouro, um tesouro para uma negra criança, que não entende por que tanta diferença se criança é tudo igual, mas para alguns sua cor é uma ofensa. Vez por outra se dão as meninas brancas, bonecas negras bem mais caras e bem mais raras, como a divisa das contas de um rosário,que fingimos rezar pra mascara a  maldades do nosso imaginário. Quem é mais bela, a boneca ou a menina, não precisava pensar tanto para responder, a boneca é o retrato da menina, e o preconceito? Este sou eu e você.
Em tempo: meninas ainda brincam com bonecas?


terça-feira, 11 de dezembro de 2012




Meu Aceno.
J. Norinaldo.


Se o meu aceno não convicto, para o vulto do cais envolto em sombras que se afasta com as luzes da cidade, não me dá a certeza do retorno, sem morno abraço da partida, já não dá para puxar o cais de volta, nem dar a volta pelo aceiro da vida. Sigo o vento que estufa os seios das velas, das caravelas que alvíssaras levam e trazem sem se importar com o teor, que pela dor não se comprazem algumas recebidas com lágrimas, outras com gritos de furor. Se o meu aceno se perdeu e me faz feliz pensar assim, que do cais mesmo escuro, águem também acenou para mim, ameniza a fúria da procela, quando quase explode o seio da vela e o mastro beija a onda sem carinho. Se o meu aceno não foi visto, eu insisto em acenar em cada cais, até que a mão já não me atenda, e eu não possa acenar mais. Se você estiver em qualquer porto, e ver alguém acenando a esmo, retribua este aceno por favor, apenas como um gesto de amor, como se acenasse a si mesmo.

Ai em baixo a cena que me encantava quando partia ou chegava de navio no cais da Praça Mauá. Quantas vezes... O Edificio A Noite e o RB1.

domingo, 9 de dezembro de 2012




Quando Escrevo.
J. Norinaldo.


Quando  escrevo sinto o cheiro das palavras e a fumaça do trem me faz tossir,  as lágrimas começam a cair manchando o poema que ora escrevo. Quando penso nos beijos que não te dei, sinto o gosto do batom que não usavas, quando escrevo tento que as palavras mintam, como se dissestes que me amavas. Quando escrevo transformo o dia em noite, só para ver em teus olhos a luz da lua, fechos os olhos e sinto-te em meus braços nua. Quando escrevo e descrevo com paixão, meu coração a disparar naquele banco, minha vida é como uma folha de papel em branco, até o trem encostar na estação. Oferece-te este poema manchado, pelas lágrimas desse louco apaixonado que ainda vai toda tarde à estação, mesmo que o trem seja só recordação, e este amor uma loucura do passado.



Os Meus Silêncios.
J. Norinaldo.


Às vezes meus silêncios ao fugir dos meus fantasmas, se refugiam nos mais recônditos vazios,  se encobrem com os ecos dos gemidos, repetidos pelos mais loucos calafrios. Se a voz da alma gritasse tudo que sente, daqui pra frente meus fantasmas inexistiam, e os meus silêncios não mais se esconderiam. Muitas vezes o meu grito não tem eco, se vai com o vento e a montanha não o detém, em outras vezes confunde-se com o próprio grito, sem saber quem é que vai ou quem é que  vem. Já nem sei se amo mais meus silêncios, ou os meus gritos que o peito já não consegue represar; se os meus fantasmas já me fazem tanta falta, e esta falta é que me leva a gritar. Ainda bem que meus fantasmas não gritam, e o meu silencio não consegue me assustar.

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012




Sonhar e Viver.
J. Norinaldo


Dizem que quem para de sonhar, neste momento começa-se a morrer e eu pergunto: será? Se o meu sonho sempre foi nunca sonhar, sabe por quê? Só sonho com quem jamais vou ter. Se continuar sonhando for castigo, cá comigo eu consigo entender, por que a loucura é tão bonita, pois em quase nada acredita e quem é louco não tem medo de morrer. Não, eu não quero mais sonhar, a não ser com uma condição, que no sonho me arranquem o coração e não me deixem mais nunca acordar. Imagino com quem eu sonho comigo sonhar, só de pensar eu prefiro não sabê-lo, ouvi-la contando para alguém, como um terrível pesadelo. Se morrer é realmente parar de sonhar, eu já morri  faz muito tempo mas a vida de má,  teima em me acordar.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012




Partir.
J. Norinaldo.


Vou partir enquanto há tempo, enquanto há vento para impulsionar a vela e a procela está além do horizonte, e a água da fonte ainda é pura. Vou seguir o traçado do destino, esse menino brincalhão que não tem modos, que diz a todos o caminho a ser seguido, sem dar ouvido nem ao tempo ou ao vento. Vou partir  antes que a sombra da montanha, que  acompanha a marca que faz o tempo, antes que o vento que impulsiona a vela traga o eco da procela bem aquém do horizonte. Vou partir, pois a noite já vai longe, já ouço o cantar do monge no convento a despertar. Vou partir, pois o caminho é cumprido e o destino é bandido com quem teme este partir; vou sentir falta da sombra do monte, da água pura da fonte e até do canto do monge, quando bem longe sob uma sombra da senda pintarei em uma tela, tudo em uma procela que só o destino entenda.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012






Quem Sabe...
J. Norinaldo.


Quem sabe no futuro te agradeça, por teres recusado meu amor, mostrando-me que mereço muito mais, que um rosto lindo e um corpo sedutor; que carece de encanto e de magia e do mínimo de sensibilidade, para saber que a total felicidade não passa de uma simples fantasia. Quem sabe no futuro eu te venere, por mostrar-me sem querer o paraíso, quando dissestes não ao meu amor, na mesquinhez do teu sorriso. Não sei se o futuro é longe ou perto, mas o aceiro do deserto é verdejante, quem sabe no futuro tão incerto, eu esteja no caminho certo, e tu estejas pelo deserto errante. Quem sabe o meu agradecimento, seja o farol que te indique o caminho, que te tire de vez do labirinto, e venhas a sentir o que ora sinto, por teres me tornado tão sozinho. Quem sabe no futuro por ti me compadeça, por estares sentindo o que o meu coração sentiu, embora sabendo que mereça, a recompensa que te deu a vida, agora te sentes excluída, mas lembras, não fui eu quem te excluiu. Quem sabe...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012




Um Grito de Liberdade.

J. Norinaldo.


O grito de liberdade que alforria a razão rompe montanhas e escudo atravessa a escuridão, como um deus com seu tridente arrebentando a corrente da caverna de Platão. O grito de liberdade com seu archote potente no pódio da importância, que das grotas da ignorância resgata a luz eterna como um grito  de alforria, trocando a fogo da caverna pela luz da sabedoria. A nação sem este grito tem uma falsa bandeira, seu hino só fala em guerra, jamais em felicidade, impera a desigualdade, pois não há outra maneira de se pintar uma bandeira sem o grito de liberdade. Liberdade é algo inteiro não se grita por fração, me entristece ouvir os gritos por liberdade de expressão, liberdade disto ou daquilo, acordemos minha gente; onde não há igualdade, gritar por liberdade é baderna , ou retornar novamente  as correntes da caverna.


domingo, 2 de dezembro de 2012




Ápice.
J. Norinaldo.


Se tenho a toga que outorga o veredito, e não necessito de provas para a sentença, sei que há diferença entre o aceiro e o caminho. Se não me deixas viajar por tuas curvas, numa caricia, sem sequer um longo beijo, se me apontas logo a fonte do desejo, por que me culpas pela falta de prazer.  Por que não me levas devagar pelo caminho, mostrando os montes e os vales e cascatas, não me deixa deslizar por teus suores, saciar a sede com teus licores, até chegar ao teu bosque encantado. E ai sim me deliciar com teus tremores, ver nos teus olhos o branco da nuvem bela, nos estertores dos teus gritos sem sentidos, como as tintas misturadas na aquarela, sentindo a vida entrar em ebulição e das entranhas do amor a lava desce e cresce grande a labareda do vulcão. A toga servirá como alcova e a sentença o próprio fogo consome, para quem conhece  o ato que descrevi, e escrevi  o seu verdadeiro nome.