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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013



O Livro de Cabeceira do Rio.
J. Norinaldo.

               UM FELIZ E POÉTICO ANO NOVO PARA TODOS.


Na cabeceira do rio existe um livro escrito com uma pétala de flor, com uma tinta insípida, inodoro e incolor, que sacia a sede do planeta, mas não é tratada com amor. Este livro tem a mais bela capa, tem mel e perfume em cada etapa e as mais belas paisagens com certeza, cujo título é Amor a Natureza, e não tem ponto final, natureza da qual o homem tem ciúme e destrói para tentar fazer igual. No livro de cabeceira de cada rio, há um espaço vazio e ninguém sabe para que, eu digo alguém que já o leu, tão simples que é e entendeu, que o nosso planeta está por um fio.
Vem mais um ano outra etapa, vai se indo a beleza da capa, do livro de Cabeceira do Rio, o verde e o colorido das flores, esmagados por coturnos que marcham ao som de tambores e bombas que desertificam o solo e desidrata, como uma mãe que tem o filho no colo, enquanto sente que um verme o mata.
E a mata onde viviam os passarinhos, que hoje fazem os ninhos em antenas de alumínio, enquanto o homem cabeçudo, risca a ferro e marca tudo, chamando o planeta de domínio, depois lamenta a desdita e o planeta vazio, por não saber em que língua está escrita, a mensagem da Cabeceira do Rio.
Ainda há tempo para salvar o que resta, deixar que renasça a floresta e que dela se afaste o condomínio, que volte o cantar dos passarinhos, por não fazerem mais seus ninhos em antenas de alumínio.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013



A Beleza e o Tempo.
J. Norinaldo.


Eu nem sei se você não notou ou se fingiu que não viu que o tempo já passou, ou o que sentiu quando cruzou  as pernas no salão do meu castelo, o que antes era considerado tão  belo fez os homens disfarçarem o olhar para alguma tela. Ninguém é para sempre bela, se  pensar na beleza como dote, que entre os cavaleiros já foi mote e aos pintores inspiração na aquarela. E por que eu notei esse detalhe, se o tempo para mim também passou, eu que tanto venerei tua beleza, hoje chego a ter total certeza, que recusaria o teu amor. Eu nem sei se você também notou, que o tempo para mim também passou, ou pensa só no jovem cavalheiro, que pensa somente em seu dinheiro, quando a perna descruzou. Quem é que nessa  história está errado, eu, você ou o tempo por ter nos atropelado, ou o espelho que ficou velho esclerosado, e nos mostra a figura que bem quer, ou somente eu  ou outro homem qualquer que pensar que o tempo continua a passar, mas atinge somente a mulher. Hoje eu penso em nós dois quando estou sozinho, e vejo que o amor não tem nada ver com o vinho... A não ser no antes e depois...

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terça-feira, 24 de dezembro de 2013



FELIZ NATAL A TODOS.
José Norinaldo Tavares e Iracila Mendonça Tavares.



Não tenho nem sapato e nem janela, nada de Papai Noel, para lhe pedir um berço, água sabão e um  perfume, um talco para assadura, fraldas para ser chamado de fofura, e também poder fazer Bilu! Bilú! E quem pode saber com que neste momento sonha uma caminha perfumada, com travesseiro e fronha, e uma colchinha com desenhos de bichinhos, sem lembrar que os bichinhos são formigas, nada amigas que lhe comem o corpinho; nesta cama de chão sem ter colchão, como se fosse de pregos ou espinhos. Não importa, pois agora é Natal, e quem sabe o bom velhinho venha, trazendo uma caminha que tenha, até um brinquedo pendurado, e ele possa ver do lado, sua mãe lhe oferecendo o seio, ah! O Papai Noel não veio, mesmo assim eu vou seguir sorrindo, pois ainda não sei ficar mentindo, fingindo saber o que não sei. Se não tenho nem uma  janela, nem sapato para deixar a noite  nela, como que vou ganhar presente? Mas acredite Papai do Céu não mente, e não mentiria para mim, ele disse no sonho para que eu mesmo assim, sem cama, sem sapato e sem janela, amar a vida e fazer dela, o meu mais valioso presente e que foi Ele que a deu pra mim.


Feliz Natal para Todos.
J. Norinaldo e Esposa.

FELIZ NATA A TODOS OS MEUS AMIGOS E TAMBÉM AQUELES QUE NÃO SÃO QUE DEUS EM SUA ETERNA BONDADE, DÊ PAZ SAÚDE E FELICIDADE A TODOS, ATÉ POR QUE A GUERRA DOS QUE NÃO SÃO, NUNCA ATINGE SOMENTE AQUELES QUE NÃO SÃO. QUE POSSAMOS DAR AS MÃOS, MESMO QUE SÓ EM PENSAMENTO E CANTEMOS POR UM MOMENTO, A CANÇÃO QUE JOHN LENNON NOS ENSINOU, PENSEMOS NO MUNDO QUE ELE PENSOU E CANTEMOS NUMA SÓ VOZ;

IMAGINE, ELE NÃO IMAGINOU AQUELE MUNDO SÓ PARA SI, E SIM PARA TODOS NÓS.


A Mulher e a Beleza.
J. Norinaldo.



A lua infiltra-se na maré, se arrasta até a praia e se transforma em mulher, como a obra mais perfeita que a natureza assina que o cinzel na mão divina esculpiu como Deus quer. E a noite que também é feminina acolhe a deusa divina vestida com a  onda alva, como a luz da estrela Dalva mais uma linda mulher. E a praia linda onde um corcel imaginário, salpica de luz o cenário com os pingos da maré, na areia ficam escritas as pegadas da bela deusa pagã, que a brisa da manhã se encarrega de apagar. A noite, a maresia a maré, na verdade a poesia travestida de mulher. Na verdade se Deus fez algo mais belo, conservou em seu castelo isto somente para Si, pois com certeza na terra a maior beleza que existe é a natureza, nada mais que uma mulher.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013



A cidade dos meus Sonhos.
J. Norinaldo.



Quero um lugar para meu descanso, uma cidadezinha que não tenha prédio e onde até o tédio resolveu morar, as ruas pode ser de chão, sem super mercado só algum armazém, uma capela pequena e uma paz morena como poesia, onde os passarinhos ainda façam seus ninhos na porta da frente, será que ainda tem? E de manhãzinha, cantem alegremente pra sua cantoria acordar a gente. Eu quero um rio ou quem sabe o mar, para caminhar toda tardinha com os pés descalços sentindo o frescor da onda fagueira, toda essa delícia como uma carícia para a vida inteira. Quero um lugar para da minha janela ver a felicidade enquanto a vida passa, quero até falar sozinho, dar bom dia para o meu vizinho curtindo a fumaça dos fogões a lenha. Se tiver um rio quando não for frio também quero ir, fingir pescaria, e jogar milhas para o lambari. Eu quero um lugar pra minha morada, não é Pasárgada por que lá tem rei, a minha cidade é tão linda, que nem sei ainda como em meu sonho eu a inventei.


O Amor é Assim.
J. Norinaldo



Eu tenho um jardim como tantos outros, com rosas e brotos gerânios jasmins, que é visitado pelos beija flores  cheios de amores como outros jardins, porém lá em casa há um particular, existe uma flor que no jardim não está, lá no meu quintal ela foi brotar, é a flor mais bela que eu já vi se abrir, toda manhãzinha ao me levantar abro a janela que dá pro quintal e vejo uma cena que me faz chorar, o mesmo colibri declarando amor para minha flor de maracujá. Sempre galante no seu voejar, antes de beijar a sua flor querida, numa reverencia parece dizer, que no beijo que lhe oferecer todo seu amor e a própria vida. Das rosas mais belas vermelhas, amarelas e de tantas cores, dos belos gerânios e dos meus jasmins, ou outras flores lindas de outros jardins, esse beija flor foi se apaixonar por uma simples flor de maracujá.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013



Velho Portão.
J. Norinaldo.



Velho portão da minha morada, a cerquinha caiada que eu tanto caiei, a sebe cobrindo a velha cerquinha, onde eu procurava ninhos de galinha e pra casa voltava com a cesta cheinha. Velho portão por onde tanto passei, e este quintal onde tanto brinquei e a trepadeira que emoldura a entrada, quanta lembrança, lembro com carinho, tudo está igualzinho quando eu era criança. Cresci e parti e tanto tempo passou, hoje aqui volta um velho na criança que foi um dia, o portão ainda existe e a cerca caiada, mas a casa e a gente que nela vivia, são agora lembranças de uma poesia. A trepadeira murcha e a sebe secou, a cerca faz tempo que não é caiada, ninguém me abraçou na minha chegada, ou me convidou a um merecido descanso,  na varanda que havia  na velha cadeira de balanço onde vovô cantava e lia velhos jornais, não ouvi o latido do capitão,somente o silencio por recepção e a lembrança dos tempos que não voltam mais. De repente sinto o cheiro das tortas de maçã, para o café da manhã nos domingos de festa, até o cheiro de fumo do velho cachimbo que vovô pitava depois de uma sesta. O portão aberto, mas não me leva a morada, a cerquinha caiada já não cerca nada, somente um canteiro de ervas daninhas, como se fosse um curral cercando uma tropa de saudade e de dores primaveras sem flores,  agora só minhas. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013


Omissão.
J. Norinaldo.


Certas imagens também me entristecem e me deprimem, mas se virar o rosto sempre que surgirem no meu dia a dia, verei somente um mundo de mentira, conveniente ao meu olhar e a minha covardia.


Simplicidade.
J. Norinaldo.



Como a simplicidade é bela, não baixa o valor da tela pela botina rasgada, pelo guarda chuvas velho ou por ser de chão batido a estrada.

domingo, 15 de dezembro de 2013




Hoje o que mais queria era poder caminhar e caminhar, depois de exaurir as minhas forças tentando voar, voar e voar...
J. Norinaldo.


Reflexão.
J. Norinaldo.



Senta-te, descansa, enquanto isso reflete, não no que vale o banco, ou no valor que tens no banco, mas no prazer que o simples banco traz ao teu cansaço, a sombra como um macio regaço e a distancia que ainda podes ver. Reflete que sem a luz não há sombra e que te assombra nunca nisto refletir; pensa no sossego do momento, ouve o que te diz o vento e tenta não esquecer. Reflete, em quantas vezes parastes não por cansaço, para pensar no abraço que pensastes mas nãos destes; reflete agora que jamais prestastes a atenção a sombra e como agora te assombra o bem que ela te faz. Pára, reflete se algum bem o meu poema te fez, por favor, pára e reflete enquanto há tempo, antes  que a vida te faça  parar de vez.


Morada da minha Poesia.
J. Norinaldo.


É aqui que mora minha poesia, aonde venho todos os dias sem carecer de aviso, eu chamo de paraíso e talvez até nem seja, mas quando a neve alveja os montes, e congela a água das fontes, parece que Deus virá gozar férias por aqui. É daqui que eu vejo o universo repleto de fantasia, faço a minha poesia catando aqui cada verso. Lá do alto, vejo além da linha  do horizonte, vejo o vale vejo o monte, vejo a capela e o sino, só não vejo meu destino que fica longe, distante. Aqui quando a águia grita, todo silencio que habita nas rochas desaparece e como o som de uma prece que o vento leva sonante, por entre o vale e o monte, para além da linha do horizonte.

Aqui nesse pedaço de chão, busco com toda paixão, encontrar inspiração para minha fantasia, e tento dividir contigo, claro se queres amigo, minha simples poesia. Não te dou o endereço, pois ainda não sei se mereço essa benesse que a natureza me faz, mas quando tiver certeza, que amas a natureza podes crer que te forneço, pois amor nunca é demais 

sábado, 14 de dezembro de 2013



Segue o Teu Caminho.
J. Norinaldo.


Seguir pelo caminho já marcado, temendo encontrar outra direção, pode-se está indo para o mesmo passado, e cometer o mesmo erro já errado, vestindo um vestido encarnado, com um buquê de flor em cada mão. Aquele que não teme o desconhecido pode errar, mas o  erro ainda não vivido e aprender a fazer o seu caminho, não para caminhar sozinho e sim para ser feliz ao ser seguido, não louvar nenhum erro cometido, nem  jamais desistir pelo medo de errar. Quem sempre caminha por  caminhos feitos, não tem direitos de reclamar do destino, já que não conhece o seu final, quase todos os caminhos levam a fonte, ninguém faz um caminho ao abismo, se não tem meios de construir a ponte. Quem escolhe o caminho já marcado, a cometer os mesmos erros está fadado por opção, de vestido azul ou encarnado, levando flores ou urtiga em cada mão e não pode dizer ser iludida ou iludido, não importa a cor do teu vestido,  a cor é apenas ilusão..


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013



Vem visitar Nóis.
J. Norinaldo.



Não sinto saudades por que vivo assim se quer ver que venha, a casa a montanha, o bosque e a fumaça do fogão a lenha, o céu o ar puro e a tranqüilidade, a felicidade que lamento tanto que você não tenha. Ah! De manhã cedo quando nasce o sol vem a passarada, e a cantoria é a coisa mais linda que se pode ouvir, e no meu jardim que é um paraíso, chego a ver até o lindo sorriso, do meu sabiá e do meu colibri. Outro dia fui a tua cidade, e a tranqüilidade ficou por aqui, no carro de boi que canta na estrada, estreita enlameada que a gente tem,  mas não tem histórias de ter  algum dia atropelado alguém. Fiquei muito pouco, voltei quase louco com tanta zoada, tenho pesadelos das histórias que por La  ouvi, chorei de tristeza ao ver meu irmão pedindo esmola, vi os passarinho preso na gaiola e outro sem asa, vi os meus amigos presos dentro de casa e quis vir embora para meu sertão. O que trouxe de bom da tua cidade foi uma certeza, que toda beleza fugiu para cá, onde o ar é puro sem poluição, a única fumaça é do meu fogão, que não incomoda quem vive assim, e toda zoada é a cantoria da passarinhada que mora no meu jardim. Vem me visitar, aqui temos ponche pra matar a sede, temos a Vanda para deitar na rede e com tudo isto poder sonhar, to te esperando nem precisa mandar avisar.



A Natureza.
J. Norinaldo.



Vejo o sol entrando por trás da montanha e eu  soletrando uma poesia tua, que fala no sol encontrando a lua, tentando esconder para ninguém saber que a sua deusa está nua, é tanta beleza que na natreza nos mostra o amor do jeito que é, mesmo o oceano tanta imensidão se atira no chão lhe oferecendo a maré, como se a lua fosse a mais linda mulher. Vejo o sol se pondo no final do dia num belo arrebol, vejo a maré alta como um manto branco beijando a areia, vejo a lua linda lá entre as estrelas, refletida no mar como uma bela sereia, é a natureza mostrando a beleza que só nela existe, até no canto triste de uma baleia. E o vento que embala, a onda que fala sem eu entender, bordada de espuma branca como a neve do mais alto monte, é a natureza mostrando a beleza para eu aprender, até na sutileza de um olhar triste de um elefante; grandes animais que habitam o planeta, muitos que já vi, como o colibri e a borboleta.  Duvidar de Deus e da natureza alguém se atreve, mas sem  explicar, de onde vem a vida, o mar e a chuva, por que cai a neve, para soletrar, tentando explicar o poeta serve; para quem soletra os poemas seus, mas sem ter certeza pois a natureza é um poema de Deus.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013



Sou Aquilo que Sou,
J. Norinaldo.


Sou  aquilo que gosto, naquilo que posto eu também estou, sou aquilo que crio num quadro vazio alguém me encontrou. Sou ou penso que sou, escritor poeta, palhaço pateta ou um trovador, as vezes sou surdo mudo, mesmo ouvindo tudo , sou como um baú fechado por fora empoeirado, por dentro forrado de fino veludo, que guarda segredos velados de amores passados de quem já se foi; sou a tinta de uma aquarela que pinta na tela a vaca e o boi, ora mas que diacho esqueci do riacho no qual o meu pincel se foi. Mesmo assim ficou linda essa tela e na aquarela ainda resta tinta para pintar um rio; sou aquilo que sou, a tinta da aquarela, a moldura da tela ou um quadro vazio. Sou como um rei sem trono, como as folhas de outono que bailam ao vento; eu sou aquilo que sou, as vezes amor, outras vezes só pensamento.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013



O Túnel do Tempo.
J. Norinaldo.



No túnel do tempo o tempo não pára e rara é a luz que no fundo aparece, perece de tédio quem de tempo carece e não merece uma prece por falta de tempo. No túnel do tempo o ponteiro sobe e desce, e mui raro aparece a luz que aquece, no túnel do tempo não há tempo a perder, se quer sempre subir, pois ninguém quer descer, na curva do túnel a vã esperança, da luz da bonança e da felicidade, como se o túnel do tempo fosse a tempestade.  Avilta-se o tempo e o vendaval, tudo é culpa do tempo um sujeito mal; quando se é menino sonha-se crescer para ter liberdade, se o tempo parasse seria maldade, mas o tempo passa criando saudade, até que o próprio tempo apressa o passo e vai ligeiro demais, e chega a velhice que esse tempo faz, e até as saudades que ficaram para trás, o velho do tempo já nem lembra mais. Na saída do túnel, muitos queriam poder voltar, pois a luta acabou para tentar sair, tanto tempo lutando pelo lado de fora, e agora saindo não tem para onde ir. Mas ainda dá tempo de olhar para trás e ver que o túnel não existe mais.

domingo, 8 de dezembro de 2013



Perfume de Mulher.
J. Norinaldo.


Quando meu olhar  pousou sobre ti, pareceu-me sentir certo perfume, do qual sempre senti  ciúme por não saber de onde vinha e agora sei, mas nunca antes o havia sentido em alguém apenas nas montanhas mais vistosas, ou nas ondas maravilhosas dos mares por onde naveguei. Pela primeira vez ao ver alguém, que não verdade nem sei quem, a espargir esse perfume que sempre me causou  tanto ciúme, e agora acaba com o mistério com certeza, tão raro perfume é da beleza que no tempo certo descobri. Somente o Alquimista mais poeta, teria a receita mais completa  para concluir tal alquimia, e fazer de um perfume poesia e depois transformá-lo em mulher, na deusa mais bela que os meus olhos já viram que fez se a Venus visse de vergonha se esconderia  e este perfume que esparge poesia , motivo pelo qual loucos poetas deliram.

O teu nome? Não sei! Talvez nem queira saber, sei que existes por que isto  eu pude ver, e te guardarei na mente enquanto mente tiver, nome? Para que? Preciso apenas saber que és MULHER! E agora sei, por que é por ti em que em meus sonhos sempre chamo, por que tenho a certeza que te amo, e para sempre te amarei. Não me perguntes pelo nome, pois não sei, quem sabe um dia ainda saberei, e com certeza para mim será como um poema, um soneto, se quando souber te digo? Meu amigo, sou sincero: não prometo, sei que não posso evitar que o vento carregue este perfume para onde bem quiser, mas não te nego, morro de ciúme desta mulher, deste amor que me consome, sem nem sequer saber seu nome. Prometi a mim mesmo em confissão, não perguntar a ninguém qual é seu nome, pode até parecer loucura  os sábios, mas quero ouvi-lo  da doçura dos seus lábios  algum dia e em fim, como se posse a mais bela poesia que o Poeta maior Compôs para mim

sábado, 30 de novembro de 2013



Porta Fechada.
J. Norinaldo.


Não importa se a porta é resistente, me importo por quem chora no batente, se de fome de frio ou de tristeza, por que um filho não fez a gentileza sequer de a porta lhe abrir; eu só quero saber, se sente fome, frio tristeza ou muita dor, por ter dedicado tanto amor a quem sequer lembra seu nome. Apenas imagino seu desgosto, já que não consigo ver seu rosto, pálido como de uma morta, sentada no batente dessa porta daquele que em seu ventre carregou, por quem até se esqueceu de viver, o mesmo que agora mando seu mordomo lhe dizer, que vá embora que não a pode receber.  Isto é apenas um poema, uma velha uma porta e o batente como tema, assim como a fome e o frio, a ingratidão de um filho com um coração vazio; mas será que na verdade, em se tratando de realidade, algo assim nunca existiu?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013


A Caverna de Plantão.
J. Norinaldo.


Esta é a Caverna de Plantão, se vez por outra você não colocar a cabeça lá fora, vai terminar acreditando que o mundo é o que você vê agora.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013



Cachoeirinha.
J. Norinaldo.


Ah! Não fosse essa saudade que ora a voz me embarga, o que era doce amarga na mesma boca de um dia, quando de outra boca ouvia o nome de Cachoeirinha. Ah! Não fosse essa saudade, essa dor que vem de fora e que estou sentindo agora nesta minha poesia, se não fosse essa saudade sei que já não existia. Ah! O meu maior desejo antes da terra partir, seria Deus permitir eu rever meu Vilarejo, do jeitinho que ele era, e ver louro de Quitéria brincando por algum beco ou no rio Uma seco a se banhar nalgum poço, ou fazendo gado de osso num cercado de quimera. Como é triste essa saudade de quem hoje está tão longe e hoje alguém diz que Solange está com Papai do céu, e a saudade com seu véu vai nos cobrindo aos pouquinhos, é como encontrar os ninhos já frios e sem passarinhos. Quase todos meus amiguinhos daquele tempo se foram, restou apenas alguns alguma rua ou um beco e o Rio Una seco, parece até me esperando.

Ah! Não fosse essa saudade que hoje me causa pranto, a minha única herança, é ter ainda esperança de ter meu último sono na terra que amo tanto.

terça-feira, 26 de novembro de 2013



Ah! Se Não Fosse Assim.
J. Norinaldo.



Ah! Se a tristeza escolhesse idade e a felicidade lugar pra viver, ah! Se a velhice passasse e não vice que eu existia para envelhecer; ah! Se o amor se perdesse e achasse o caminha da minha morada. Ah! Se a palavra não existisse apenas para o que é ruim, eu tenho certeza que reclamaria da vida mesmo assim; às vezes o “Se” é pior que o “Não”  depende do jeito, se não fosse um não, o meu coração já não batia no peito. Ah! Se o amor por si pudesse existir sem saudade ou tristeza como será que a vida era? Em qualquer estação ter a sensação sempre de primavera; eu não sei você, respondo por mim, pois tenho certeza, mesmo com tanta beleza, reclamaria da vida mesmo assim. Ah! Se eu fosse um poeta, que pintasse a vida como um belo jardim para te oferecer, será que você assim como eu,  não reclamaria dela mesmo assim? A única beleza e ter a certeza, que tristeza existe, mas não é só para mim e quando nasci ela já existia e tem lugar cativo em qualquer poesia, pois sem a tristeza como iria  saber onde há alegria.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013



O Astro e a Luz.
J. Norinaldo



Até quando a luz esperará, pelo astro que dela depende,  para realmente aparecer pois não reluz, e quando a platéia ira aprender que os aplausos deviam ser para a luz e não para você. Quando as luzes se apagarem, quando as cortinas se fecharem e só o silencio lhe restar, verás que no escuro da escada podes ir direto ao fio da espada sem o reflexo do ladrilho, que és só um astro sem ter brilho e que sem a luz tu não és nada.

domingo, 24 de novembro de 2013


O Poeta e a Poesia.
J. Norinaldo.

Se você acredita que o meu poema que fala de uma imagem, e tem como referencia uma paisagem, sem ela prejudica seu entendimento em fim, o que você diria de certa  poesia, que fiz falando daquele que anda assim? A poesia não se explica e nem se entende, não se aprende ou se decifra com um código, não é restrita a essa ou aquela casta, nem  legada a um  filho pródigo. A poesia é somente um sentimento, que se vive no momento e que se eterniza em cada um como a lembrança de um perfume ou de uma flor, não como o ciúme de uma herança, mas como a herança de um amor. Se o meu poema não te toca não te iludas, irá tocar o coração de outro alguém, não te entristeças por que assim é a poesia, como se fosse alguma sintonia, e algum poeta terá a tua também.
Encontrei hoje um poeta triste, pois encontrou sua poesia em algum lixo atirada, e eu lhe disse,  não lamente meu amigo, pois quem fez isto contigo, letras não lhe dizem nada, e quem sabe algum irmão, nela embrulhou um pão para uma singela ceia, para quem não sabe o que é poesia, enquanto tantos que sabem e tem a barriga cheia, mas na verdade tem uma alma vazia.


A Beleza e o Brilho.
J. Norinaldo.



Se a beleza que buscas é a que brilha, ai está o ouro que encandeia e te faz mal, porém não verás a verdadeira, que clareia a estrada que tu trilha, se a beleza que procuras é visual, não esqueces que as cores da cobra Coral, terás que admirar de perto e como as miragens do deserto podem te levar ao desencanto, assim como um pranto por amor pode ser triste, existe nele beleza no entanto. Não esqueças que a beleza que em fim buscas, pode ter a brancura da perfídia, enquanto no negrume de uma noite se encontra a fascinação da orquídea, que o brilho do ouro te encandeia e te confunde a visão, desviando-te  para a beleza visual, e te esconde a beleza do coração. Olha novamente com cuidado, tenta desviar a tentação do ouro que te atrai, e verás a obra prima que não vistes, que é a mais perfeita obra  do Pai.

domingo, 17 de novembro de 2013



Tarde de Outono.
J. Norinaldo


Na madorna de uma tarde de outono, quando as folhas domem seu último sono e os galhos parecem espetar o céu, antes que o sol desapareça atrás do monte, e minha vista não alcance o horizonte e as primeiras estrelas bordem de luz da noite o véu; voltam-me  as lembranças já vividas como outras vidas possíveis e palpáveis, velhos amores, antigas dores, sentimentos  felizes ou miseráveis. E quando a noite com seu manto negro cobre a terra, ouço o pranto do vento por trás da serra, que até parece entender o meu sentir, como a sorrir o sorriso do universo, ou a  aplaudir de um poema o único verso, que faço parte mas também não escolhi.
Na primavera voltam às folhas junto as flores, velhos amores, antigas dores como as ondas das marés, até que novamente chega o seu último sono, e a canção do vento diz: espera outra tarde de outono, pra madornar e poder  sonhar em ser outra vez  feliz. Jamais penses na vida como um dilema,  pensa somente, se não te foi dado chance de escolher o teu poema que é a vida, nem por isso esquece... De que ela merece ser vivida intensamente.




A Beleza e o Arpão.
J. Norinaldo.


Entre a lua e uma estrela e o sol que se aproxima, o que fazer para ser visto diante de tanta beleza, o meu salto sobre a onda e a natureza rima, num poema que enaltece a quem pintou essa tela fazendo da sua janela a mais rara obra prima. O meu salto tem três fases, antes durante e depois, ante perante a quem sois o veredicto da vida, entre eu tu e a lua se esta beleza tua é a de Deus preferida. Foi Deus quem criou a lua à mulher e a estrela e me ensinou a saltar sobre as ondas com paixão, exaltando a natureza,  para mostrar que a beleza para Deus é só beleza e não há competição.
A lua está distante o sol tem um calor causticante, o mar é grande e profundo a mulher tem a beleza que faz colorido o mundo;  a beleza desta tela entre a lua o golfinho e a tela sobre o belo azul do céu, engana mostrando o mundo como um favo de mel, mas ao golfinho dedicam o arpão frio e cruel, e a mulher sem beleza o desprezo e o desdém, e aquela que nasce sem os traços da formosura, vive sem conhecer a ternura que para cada um a vida tem.


sábado, 16 de novembro de 2013



O Rio, o Bangalô e o Meu Maior Amor.
J. Norinaldo.



Hoje não sinto vontade de escrever, nem tampouco de apagar o que escrevi, sinto apenas que tenho que viver, sem esquecer tudo aquilo que vivi; hoje eu só sinto vontade de você e é bom saber que eu nunca desisti. Tentei escrever algum poema, porém me faltou inspiração tentei  ir te ver do outro lado, porém o rio levou a ponte, o poema escreverei  depois porque a fonte, não secou pois é o meu coração, de onde  brota a tinta e a minha fé e meu amor é que guiam a minha mão. Hoje realmente não senti nenhuma vontade de escrever, mas queria tanto de ver, sentir novamente o teu calor, vislumbrar na beleza do teu sorriso, a visão inteira do paraíso, como o rio por trás do  bangalô, que pena que não o vejas de fato, como vejo agora num retrato, que o tempo cruel amarelou. Ah! Como tenho esperança, que este rio seja o mesmo de quando eu era criança, banhava-me em sua parte mais rasa, sendo observado La de casa por aquela que tanto me amou; ela se foi, mas o rio ficou, como sua lembrança em minha mente, e não foi o que restou somente, mas sim, de todos o meu maior amor, pois este não haverá nada que leve, nem mesmo o tempo se atreve, e jamais se atreverá.

sábado, 9 de novembro de 2013




Amar no Mar
J. Norinaldo.



Vestida de espuma das ondas do mar para ser amada, ou vestida de nada para amar no mar, amar é o que importa, e na hora certa o mar não tem porta fechada ou aberta, nada é mais livre que amar no mar. As ondas revoltas deliram e embalam amantes que calam de tanto desejo, a areia geme com o peso do amor, sentido o furor do mais louco beijo; e a lua se esconde não por sentir medo e maré se afasta de leve se arrasta enquanto os corpos se chocam como a onda e o rochedo, a brisa suave parece cantar os acordes de um hino ao amor triunfal, até que o silencio de repente anuncia o grito estridente do amor no final. O corpo perfeito banhado em suor e o cheiro de amor carne e maresia, e a lua aparece e praia parece uma poesia, de repente o sol pede licença a lua, dizendo a deusa nua que é chegado o dia a noite se vai levando o luar com seus raios brilhantes enquanto os amantes novamente se vestem com a espuma do mar, e as ondas cúmplices alisam novamente a areia da praia, como o rastro da saia de uma linda sereia.

terça-feira, 5 de novembro de 2013


Vestida de Mar.
J. Norinaldo.


Vestida de mar sem esconder a volúpia, entre o cadenciado balanço das ondas frenéticas, o mar amar, remar no mar, vestir-se de mar para amar, ser má, vestir-se de água, vestido e anágua sem magoa do mar, viver é preciso, viver e navegar, quem vive navega, hoje até sem ter mar. Que linda mulher que se veste de mar e se despe de vida, de vida contida de caminho e estrada, o mar é tão e tão grande, como grande é o Castelo de quem o Criou; a vida e o mar e o amor, não existe vida sem mar, não há amor sem amar, o mar vestindo a mulher, a vida despindo o amor nos pingos do mar que se perdem na areia que a lua clareia como diamantes, o mar a maré, o vestido a mulher num sonho de amantes. Mar, maresia, maré mulher poesia, voz, te veste de mar e vamos amar, amar até que o mar se dispa de nós

domingo, 3 de novembro de 2013



Árvores que se Desnudam para mostrar o Cainho.
J. Nrinaldo.



Talvez se desnudem  as árvores para mostrar o caminho a quem por vezes tenha a visão ofuscada por tristeza e as sombras o convidem a parar, a desistir, vendo tão lindo caminho quem sabe o impulsione a seguir. As folhas voltam noutra estação e novamente as flores na primavera a terra embelezarão assim é a natureza, mas não  flor que enfeite um coração quando este está coberto pela tristeza. As folhas mortas bailam ao vento, parecem chamar a atenção, de quem cabisbaixo segue e só vê a solidão, a brisa canta uma valsa anima o baile das folhas, e quem triste segue,  muda de idéia e de escolhas. Quem sabe no fim do caminho, a terra esteja florida, embelezando a vida e suavizando a dor, de quem tanto caminhou, em busca de algo perdido, talvez de um amor bandido, uma peça que o destino lhe pregou.



Eterna Busca.
J. Norinaldo

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O que tanto busco pode estar num galho seco, ou num caminho onde ninguém mais quer passar, e eu não encontro porque procuro em avenidas, em frondosas árvores num jardim ou num pomar. Quem sabe um dia encontre a felicidade, não na cidade, numa cabana a beira mar, uma canoa com o nome de vaidade, sem pintura e só um remo pra remar; passar o tempo ouvindo a canção do vento, acompanhado pelo batuque do mar, sempre a sonhar sem revelar nenhum segredo, como o amor entre a onda e o rochedo, que em cada beijo faz a terra balançar. O que tanto busco talvez esteja nos teus olhos, nessa maneira de sorrir e de me olhar, bem diferente da onda com o rochedo, meu amor morro de medo do meu amor declarar. Tento entender a canção que canta o vento, em um momento ele diz pra me calar, ficar atento prestando atenção na brisa, mas não me avisa o que ela vai falar. Tenho certeza de sucumbir após um não, meu coração não poderia resistir, prefiro então viver a dúvida e a certeza  desse não, me destruir.

terça-feira, 29 de outubro de 2013


Amar é Esperar. Será?
J. Norinaldo.



Tão velho quanto a madeira ou o trilho, ou o brilho do sol que a nuvem encobre, tão nobre quanto o amor que busca, não importa o tempo ou a distancia, o amor nenhuma nuvem ofusca. Quando o  trem aparecer toda a espera é compensada, quando chega o fim dessa viagem, ou é apenas uma miragem, mas quando chegar de verdade saberá que é esperada. Quando começou esta vigília, o trilho que hoje já não brilha, brilhava como um sol de primavera, e a madeira carcomida que hoje pisa, era lisa e perfumada, ah! Como era. A demora não faz mal, até por que outro lugar para ir eu há não tem, enquanto  puder vir esperar, pode apostar que todos os dias aqui vem. Antes ele via um caminho tão comprido, mas o tempo foi encurtando o seu olhar, e qualquer ruído é o barulho do trem; só Essa dor e a saudade ainda lhe mantém de pé e muita fé que seu amor ainda vem. Será?


Ah! Minha Casinha lá no Mato.
J. Norinaldo.


Ver de longe a casinha onde nasci, onde cresci sentindo o cheiro de terra, ouvindo os causos dos mais velhos a distancia na minha infância sem ouvir falar em guerra, lembro das modas de viola pelo rádio, e o sabiá que cantava no coqueiro que bonito que ele era, do ipê florido na primavera, do riacho que chorava a noite inteira. Sair a tarde a cantar na estradinha, a procura de algum ninho de galinha, encher o cesto e voltar todo feliz, meu Deus o que foi que fiz que hoje já não tenho nada disso. Hoje o que tenho é um espaço tão pequeno, está me matando a saudade e esse tédio, eu vejo o sol na parede de outro prédio, e nunca mais tive um fogão a lenha; cadê o poço da água pura que eu bebia, sempre tão fria sem precisar geladeira, que guarda os ovos que eu trouxe do mercado, tudo embalado diferente dos que eu tinha, quando saia cantando na estradinha a procura de algum ninho de galinha.

Hoje eu sei que a felicidade, ficou por lá onde está minha casinha, enquanto eu vivo aqui neste tormento, no conforto de um belo apartamento, sentindo saudade da minha rede, vendo o sol escorrendo na parede sem jamais me esquentar, já não ouço mais o meu sabiá, por que por aqui não tem coqueiro. Eu sei que estou reclamando a esmo, isto é um fato, mas juro, se pudesse eu voltava agora mesmo, para a minha casinha...Lá no mato.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013



De Volta Para o Passado. Um Repente Para Descontrair.
J. Norinaldo.



Outro dia eu estive no passado e de lá voltei apavorado como sonhávamos com o futuro que chegou e nos deixou decepcionado, tentei, mas não pude ficar lá, era um sonho e tive que voltar,  quem sabe esse sonho se repete, ou existe ilusionismo ou truque, aqui na Internet e Facebook um jeito da gente recordar; postando o que ficou por lá nos retratos mesmo que amarelados, tirados com trabalho e com suor, nos baús cobertos de pó, nos sótãos da vida do presente. Que amanhã será passado novamente,  pelo futuro atropelado, pois agora o tempo passa e não se sente. Parece que foi ontem é o que se ouve, por todos os cantos do planeta, quem não tem uma Fan Page hoje é careta e perdeu a nave do futuro, pois o bonde é coisa de outrora, quem não está no Facebook agora ou é alienado ou já morreu. Quem sabia apenas baixar santo, faz Download  e Upload por encanto com montagens Fotoshop e outras tralhas, que corrigem feiúra e outras falhas que passou despercebido a Quem nos Criou, amigos já não se faz se adiciona, amizade agora se coleciona, mas esquecemos de adicionar o Criador; Eu não tenho se você tem eu não sei, desconheço se Ele tem email, se tiver na verdade está perdido, imagine a quantidade de pedido, de Ferrari e iates coloridos. O mundo pelo jeito está perdido, depois de digitalizado e a língua trocada pelo dedo, era conhecido esse enredo, mas não na arte do falar, antes era preliminar, o dedo servia pra tocar, agora é útil pra cantar e os olhos na Cam para comer, não sei deu bem pra entender, acho que ficou meio enrolado, mas eu sou mais um alienado que já não sabe mais falar; E sei que não tenho tanto brilho, pois sempre falei catando milho, nunca fui no dedilhar.


Estradinha Branca.
J. Norinaldo.



Enquanto a estrada for franca, a neve branca e o ar não for rotulado, enquanto o verde não for só para ordem unida eu vou ficando nesta vida, sem invejar que já passou para o outro lado. Enquanto a poesia existir e alguém quiser ouvir uma canção que componho, vou seguindo a estrada a neve branca, fingindo não ve que a vida arranca as flores do jardim que tanto sonho. Enquanto me permitirem a visão, sem restrição além da linha do horizonte, do arco íris, do luar do por do sol, eu vou deixando minhas pegadas na poeira, matando a sede com a água que vem da fonte. Enquanto o vento escolher a direção, sem haver placas dizendo até onde ele vai, eu vou seguindo por esta estrada franca, feliz enquanto a neve branca cai. A estrada é boa e a vida é franca mas, cuidado que a morte espreita... Nas curvas de uma estradinha branca

quarta-feira, 23 de outubro de 2013



Vamos juntar a beleza da  música com a emoção da poesia numa só, vamos

" POEMUSICAR"


SEJA BEM VINDO.

Muito em breve você poderá interagir, pedindo sua música, tocando sua música, ouvindo sua poesia ou declamando você mesmo (a) Aguarde.

J. Norinaldo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013



Simples que te amo Sempre.
J. Norinaldo.


Naquela simplicidade morava a felicidade em uma simples casinha, que era pobre porém minha e tinha espaço de sobra, tinha milho e feijão, e se arrastando pelo chão os belos pés de abóbora, tinha pássaros cantando e o céu eu via inteiro, e em um grande canteiro toda a beleza das flores, com rosas de todas as cores, cravos, gerânios jasmim, e o regador servia de chuveiro para mim. Ah! Meu Deus quanta saudade, do meu cantinho no mato, da colina do regato do meu pé de flamboyant, do sabiá na parreira cuja canção ainda lembro e de setembro a setembro me acordava de manhã. Ah! Meu Deus quanta saudade do meu cantinho no mato, hoje vendo esse retrato preto e branco solucei, só eu sei o quanto sofro com essa linda lembrança, do meu tempo de criança quando fui feliz de verdade, pode parecer incrível, nem meu amigo invisível veio comigo morar na grande cidade.
As vezes em sonho volto a correr pela colina, ouço o galo de campina cantar na minha janela, na trepadeira florida como a moldura de uma tela, que a vida pintou para mim com o pincel do amor e que o destino apagou como a chama de uma vela. Aquela casinha simples de madeira sem pintura, era a mais bela gravura que minha mente guardou, assim como a natureza, toda aquela beleza agradeço sempre e louvo a Deus ... O Seu Criador.


terça-feira, 15 de outubro de 2013



Feliz Dia Do Professor (a)
J. Norinaldo. Teu eterno Aluno.


Quem tem um pedaço tem algo, que com jeito e vontade pode caber o mundo, mesmo não sendo de espelho esse mundo pode ser encantado. Quem tem um pedaço e boa vontade de felicidade e quer dividir, termina somando cada pedacinho que sempre há de vir. Quem aqui divide seu conhecimento, por amor ao próximo ou por devoção, numa escola rude que não tem um teto, que sabe um dia forme algum arquiteto, que fará escolas para outro irmão. E assim a vida vai se desdobrando, mesmo nos mostrando estradas de espinhos, sempre nos mostrando que na humildade, a felicidade está sempre brotando. O pedaço de quadro negro que restou de pé, é o mapa da fé de quem quer aprender, e que a felicidade nunca foi de ouro, e não há tesouro que suplante o saber; ah! Se  eu fosse um poeta das palavras belas e de rimas boas, para homenagear aquelas pessoas, que dedicam a vida a quem quer aprender. Sabe para mim qual é o Dia do Professor? Aquele em que consigo juntar mais de uma letrinha como ele me ensinou...


Feliz Dia dos Professores.
J. Norinaldo

Dizem que o poeta fala sem usar a voz por que temos nós algum dom divino, de ver a beleza por trás da montanha de multiplicar o perfume das flores e até nas dores achar fantasia, mas se não fossem nossos professores, o que seria  nossa poesia? Daquela menina de corpo franzino,  o primeiro anjo que a gente conhece, uma professora é para mil alunos, e as vezes nenhum por certo a merece, mas uma coisa é por demais certa: a primeira professora ninguém jamais esquece.
Da primeira namoradinha, já não lembro mais sequer as feições, da professorinha, a D. Joaninha mil recordações, de costas para mim em um quadro negro falando com as mãos poemas tão belos, em cada sorriso era um por do sol sobre o meu castelo; castelo de sonho, sonhos que também me ensinou a sonhar, o sonho mais lindo que hoje se realiza me tornar poeta, para poetar a este sacerdote que meu deu seu dote... Ó Bela Poetisa.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013



  • Quem Sabe algum dia Quando o Trem voltar.
    J. Norinaldo.


    Cheguei atrasado lá na estação, já não tem mais trem, não tinha ninguém para me atender, tirei os sapatos que alguem havia me dado, um troço apertado como uma tortura, joguei para um lado, com os pés descalço voltei pra estrada pensando na vida e na minha lonjura; sentindo de novo o frio da areia me desenhando os pés sem sapato ou meia esquecendo o longe para onde ia, quem sabe algum quando o trem voltar, porém até lá nada de sapato, aqui pelo mato não há precisão vou de pé no chão pra qualquer lugar. Eu assim descalço pisando no chão me dar a certeza, como o velho angico lá do meu oitão, que fazemos parte da natureza; não vamos daqui embora por somos feliz, eu por que amo esse chão e ele por que tem raiz. Aqui sou feliz com os pés sentindo o frio do chão e a mulher não sabe o que é sapato alto, tirar um espinho é como um carinho, não queimamos os pés no calor do asfalto, aqui vejo o céu sem faltar pedaço com os pés descalço pra lá e pra cá, quem sabe um dia agente vá embora.Quem sabe algum dia quando trem voltar

domingo, 13 de outubro de 2013



A Rosa e o Estrume.
J. Norinaldo.
 
 
Quem sonhou e foi a capa da revista, vai ser vista um dia como lixo, Quem não optou pelo fogo que devasta, será pasto para uma legião de bicho. Quem pregou do mais alto pedestal, quem tangeu o rebanho ao seu castelo, quem gritou para o homem do martelo, dez milhões por este quadro que é belo! Quem olhou com soberba para mim, não poderá  jamais mudar o fim, que já está escrito e para todos. Quem sonhou e foi a capa da revista, que hoje é vista no lixo por quem sonha em vender a revista que o tempo desbotou, e a beleza que havia se extinguiu, como aquele que pelo fogo optou; a beleza é passageira como o tempo, e o castelo do homem rico desaba, se é verdade que desertos  foram mares, a beleza do quadro também se acaba, o destino da humanidade é um todo , a flor de Lótus só nasce onde existe lodo, e a beleza não sente vergonha disto, as roseiras brotam no meio de estrume, as rosas nascem com o mesmo perfume que se nascessem entre restos de manjar; ah! Se tivéssemos um tempo para refletir, em que se transforma no fim... O caviar.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013



Feliz Dia da Criança.
J. Norinaldo.



É preciso ser forte, é preciso ter voz, é preciso aceitar quando o dedo da culpa aponta para nós. É preciso coragem para poder aceitar, ver alguém sem jeito, que nem fala direito segurando uma pá; é preciso ser forte e ter muita esperança, ou ser muito covarde pra fazer só alarde no dia da criança. É preciso ser forte é preciso ter fé, para ficar calado diante da realidade vendo uma menina sendo uma mulher, sendo pasto de feras, verdadeiras quimeras da infelicidade. Desde os primórdios da vida esta luta é inglória, durante toda a história casos de lamúria em que a luxuria venceu a razão; é preciso ser forte e ter esperança que um dia a criança tenha não somente um dia, mas que na criancice, como o poeta disse... Seja só Poesia.


Saudades da Roça.
J. Norinaldo.



O que eu tinha na cabeça quando sai deste lugar, pra vir parar aonde estou vivendo agora, uma casa em cima da outra arrodeada de ferro, donde não posso colocar o pé pra fora. Ah! Que saudade da grandeza di meu campo, do pirilampo a bordar a noite escura, do velho fogão a lenha e da bóia muitas vezes sem mistura. Ah! Que saudade da campina e do riacho, da linda sombra do pé de jequitibá, vivo pedindo a Deus com muita fé antes que morra, quero novamente brincar de gangorra e comer fruta no pé. Ah! Que saudade do cheiro da terra, quando a chuva começava a cair, e o riacho transbordava  de verdade, para a felicidade do pequeno lambari. Até o céu ali era mais bonito e maior, aqui dá dó o pedaço que eu vejo ou me disseram, dá pra contar as estrelas tão distantes, nem um pouquinho brilhantes como lá na roça eram. Nem sei se sirvo pra voltar pra minha roça, pra uma paioça lá pela beira do rio, vez por outra sonho com uma roupa remendada, dando de mão na enxada para ir plantar o mio. Fazer o que, vou ter que morrer por onde estou, filho doutor não vai querer ir morar na roça, esta vida faz da gente o que bem quer, ainda temos que dizer que a vida é nossa.

terça-feira, 8 de outubro de 2013



Será que a Paz é Branca?
J. Norinaldo.



E a noite na varanda a conversa face a face, onde a amizade nasce como rosas no jardim, o cheiro da natureza na brisa que vem da mata e a chuva tamborilando uma canção sobre o lago e a lua como um afago timidamente chegando. E o vaga lume salpica a mata de luz como um brinquedo inocente enquanto o pássaro noturno com o seu grito estridente, saúda a lua brilhante e na varanda os olhares a buscar a estrela cadente. Depois que chega o silencio como um manto sobre a noite enternecida até que a lua se despeça para dar lugar ao sol e as cores do arrebol sejam o fundo para a tela que emoldura a janela que se abre para a vida. Ah! Conheço um lugar assim, que existe dentro de mim como a minha fantasia predileta,  como queria mostrar numa linda poesia repartir com todo mundo, pena que não sou poeta. O mundo já foi assim, porém  isto ficou para trás, hoje  um ponto aqui e ali como o piscar do vaga lume; onde havia verde e paz, na varanda já não se conversa mais o ser humano está sozinho, quando a mata verde existe, não existe passarinho. Hoje o verde serve para camuflar o soldado que na mão a morte tem, face a face só na guerra e o vaga lume na terra não encanta mais ninguém.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013



Saudade  de ser Criança.
J. Norinaldo.



Ao ver o céu pirilampado de estrelas, e tentar ouvir novamente o seu som,  lembrar que  um dia tive uma só para mim, que perdi pois inventei de crescer e esquecer que ser feliz era tão bom. Ao ver os campos orvalhados nas manhãs e a fumaça dos fogões na chaminés, lembrar o manso riacho na campinha, que calmamente vinha me beijar os pés; Ah! Que saudade da orquestra de pardais nos parreirais que davam sombra no quintal, Ah! Que saudade das minhas bolas de gude, dos meus banhos de açude tempo que não volta mais. Ah! Como dói esta saudade de tanta felicidade que eu tinha e nem sabia, acreditava que seria para sempre e que o mundo era uma bela poesia. Ao ver o céu pirilampado de estrelas, só poder vê-las e não ter uma sequer, olhar pra trás e enxergar tanta lonjura e saber que hoje é loucura, querer uma estrela como uma criança quer. Ah! Se eu pudesse ser criança novamente, trocar meu brinquedo eletrônico por um cavalo de pau, ver beleza na fumas das chaminés, ter novamente o cristalino riacho para me molhar os pés, curtir a sombra da parreira no quintal.


Gosto Muito de Você.
J. Norinaldo.


Hoje eu quero uma garrafa branca cheia de vaga lumes ou pirilampos, uma noite sem estrelas, para correr pelos campos a procura dos meus sonhos que a tanto tempo perdi. Hoje vou voltar a ser criança, pois quero ter a esperança que um dia já senti. Hoje, eu quero a noite mais linda, e quero ainda uma lua mansa e bela, mas não para  da janela ficar olhando, quero correr pelos campos, com meus vaga lumes ou pirilampos para pintar numa tela os sonhos que for achando. Esta noite quero que a estrela Dalva apareça bem mais cedo, pois eu tenho um segredo para revelar para ela, usarei a janela por moldura e eu serei a pintura principal da minha tela. Depois soltarei meus pirilampos para brincarem nos campos como há tempos brinquei; e na garrafa colocarei uma rosa, e envolverei esta prosa para mandar a alguém. Se é para alguém especial? Sim, muito especial fique sabendo, é alguém que muito gosto este alguém é você que está lendo e lê tudo que eu por aqui posto.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013



A Dor da Saudade.
J. Norinaldo.



A saudade fere mais que a espada, é uma vespa com o mais terrível ferrão, a espada pode te ferir a face, mas saudade vai direto ao coração; nas noites de insônia por maldade, a saudade nos chega de supetão, assim como quem não quer nada e a primeira punhalada te atravessa o coração; quem parte devia levá-la junto, principalmente aquele que não volta mais, quem volta de volta a saudade trás, que se desfaz no abraço da chegada. São três horas da madrugada e eu ainda não dormi, já chorei e já sofri como alma desgarrada, quem nesta vida nunca sofreu por saudade, de alguém ou de um momento de grande felicidade que agora o deixa triste, na verdade não vive, apenas existe. Quando se ama se está sempre com saudade, mesmo quando quem se ama está juntinho de si, em cada abraço em cada beijo, num simples olhar de desejo, está embutido o medo que alguém tenha que partir. A ferida da espada com o tempo cicatriza, novamente na bainha volta à calma, a dor da saudade se eterniza, por que além do corpo fere a alma.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Caminhando e Sonhando.



Caminhando e Sonhando.
J. Norinaldo.


Não me resta alternativa que não seja a estrada, o destino quem sabe surgirá pelo caminho, de quem sozinho caminha por caminhar, na bagagem somente os pensamentos e os sonhos do que na frente há de vir, sem pensar nas pegadas na poeira, com a certeza que ninguém há de seguir. Talvez escreva numa pedra algum poema, cujo tema tenha a ver com despedida, se ninguém segue os meus passos na estrada é por que nada fiz para isso nesta vida nem por mim, o que me espera no final desse caminho, se o meu destino é continuar sozinho, prefiro jamais chegar ao seu fim. Este caminho em que caminho não é meu, ninguém faz um caminho só para si, minha bagagem dá a impressão que não pesa, mas me curva a alma ao pensar no que há de vir. O que diria meu poema numa pedra, e de que modo quem o lesse entenderia, pois existem muitas mensagens em uma só poesia, para quem está feliz  ver como flores, para quem está sofrendo sente dores e o vazio, para quem está sozinho muito frio.