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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013




Baús.
J. Norinaldo.


Tenho hoje as mesmas dúvidas de ontem e a mesma incerteza no amanhã, o ontem esse passado esquecido, hoje o presente mal vivido e o futuro cheio de esperança vã. No Baú de lembranças de outrora, os brinquedos que já não existem mais, empoeirados os retratos dos meus pais e velhas cartas de amor ou ilusão. Na estante e nas paredes do agora, os retratos dos meninos do presente, que brincam com brinquedos diferentes, mas que estarão noutro Baú mais a frente num por vir que virá na sua hora, e quando chegar será agora. E os Baús se amontoam pelos sótãos dos mistérios, como criptas de velhos cemitérios, com histórias que o tempo escreveu, todo aquele que leu a sua e esqueceu, será lembrado como algo que passou, até existiu ,mas não viveu. Eu escrevi este poema, como tema o Baú dos meus brinquedos, dos retratos, dos meus sonhos dos meus medos, guardado em algum sótão perdido, mas um dia quando for achado, não me deixará ser esquecido.


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