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segunda-feira, 11 de março de 2013




Teus Faróis.
J. Norinaldo.



O farol está no mar não para atrair o navegante, mas para orientar o barco errante a encontrar o rumo e prosseguir, a chamar a atenção para si, pois ali está o perigo eminente, nas pedras ou nos recifes de corais ou na força da corrente. Alguém que se ornamenta de ouro e diamante, esmeraldas e safiras acreditando que isto é felicidade, não passa de um painel de mentiras, uma vitrine sem identidade. Olha-se no espelho  e se pergunta: meu Deus que foi que fiz comigo  mesmo, me enfeitando assim a esmo, nem sequer me vejo por inteiro, o corpo por um tesouro assim coberto , mas pareço um bezerro de ouro de uma história que esqueci por completo.
Será que preciso desse enfeite, e para quem na verdade me enfeitei,  espelho não responde, e o pior é que eu também não sei. Quantos pães dariam por essas pedras? Quantos irmãos da fome aliviarei? Só que na vida se vale aquilo que tem, essas pedras sempre vão pertencer a alguém, quem criou tais regras, não me pergunte, eu não sei.
 Essas pedras na verdade são meus faróis, são meus sóis que atraem as atenções, pois aqueles que tanto precisam de pães... Dariam tudo pra deitar em meus lençóis.


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