Compaixão.
J. Norinaldo.
Sou teu príncipe desencantado,
montando um cavalo manco, como rabiscos irresponsáveis sobre uma tela em
branco, sou a parte do teu sonho que fazes questão de esquecer, sou a água do
riacho em que jamais queres beber. Sou tudo que tudo que não aceitas, aquilo
que tu rejeitas, sou a própria rejeição; sou a pedra do caminho, sou da rosa o
espinho eu sou a imperfeição; eu sei que para ti sou tudo isto, mas de uma coisa
estou certo, estando longe ou perto, tu estarás para sempre dentro do meu
coração. És a princesa encantada, és minha fada madrinha, que voas com as
próprias asas também és minha rainha, és o jardim colorido pintado na minha
tela e és a parte mais bela de todos os sonhos meus, o riacho cristalino onde
mato minha sede, és a flor do meu caminho, és meu destino perfeito aquilo que
mais aceito depois do meu próprio Deus.
Não me importa o que para ti eu
sou, importante mesmo é o que para mim tu és, se o espinho me fere os pés para
proteger a rosa, fere-me o coração ser sincero nesta prosa, porém prefiro mil
vezes ter a tua rejeição, a conseguir teu amor apenas por compaixão.
Sem comentários:
Enviar um comentário