Translate

segunda-feira, 20 de maio de 2013




A Inocência da Loucura.
J. Norinaldo.


Na minha inocência louca eu ousei abrir a boca para defender alguém, que esteve aqui na terra e não nos falou de guerra, só nos ensinou a amar e a fazermos o bem, tentou livrar-nos das trevas mostrando o caminho de luz, ousei defender Jesus; não! Não fui apedrejado, fui apenas ignorado, pois não carrego um cajado, portanto não sou pastor. Perguntaram-me gritando de onde vens ó tacanho, aonde é tua igreja e onde está teu rebanho? Mostra-me a mão direito te quero ver o anel, onde está o teu livro teu passaporte ao céu? Por que não estás de gravata por que caminhas a pé? A única coisa que eu tinha e não podia provar era a minha louca fé. Ah! É tão fácil me julgar sem precisar dar exemplo, como a mão que apedreja, sem saber a diferença entre templo e igreja, entre fé e fanatismo, entre o caminho e o abismo para onde alguém lhe manda seguir.
Na minha inocência louca posso até fechar a boca, mas não por falta de amor, posso até ser tacanho, faço parte do rebanho, mas jamais seguirei qualquer pastor. Pastorear é tão fácil, difícil é dar o pasto e amor.
Vi num retrato Jesus com um cordeirinho nos braços encostado no Seu manto, as ovelhas são tão meigas, por que será que os pastores gritam tanto?

Sem comentários: