A Inocência da Loucura.
J. Norinaldo.
Na minha inocência louca eu ousei
abrir a boca para defender alguém, que esteve aqui na terra e não nos falou de
guerra, só nos ensinou a amar e a fazermos o bem, tentou livrar-nos das trevas
mostrando o caminho de luz, ousei defender Jesus; não! Não fui apedrejado, fui
apenas ignorado, pois não carrego um cajado, portanto não sou pastor.
Perguntaram-me gritando de onde vens ó tacanho, aonde é tua igreja e onde está
teu rebanho? Mostra-me a mão direito te quero ver o anel, onde está o teu livro
teu passaporte ao céu? Por que não estás de gravata por que caminhas a pé? A
única coisa que eu tinha e não podia provar era a minha louca fé. Ah! É tão
fácil me julgar sem precisar dar exemplo, como a mão que apedreja, sem saber a
diferença entre templo e igreja, entre fé e fanatismo, entre o caminho e o
abismo para onde alguém lhe manda seguir.
Na minha inocência louca posso
até fechar a boca, mas não por falta de amor, posso até ser tacanho, faço parte
do rebanho, mas jamais seguirei qualquer pastor. Pastorear é tão fácil, difícil
é dar o pasto e amor.
Vi num retrato Jesus com um
cordeirinho nos braços encostado no Seu manto, as ovelhas são tão meigas, por
que será que os pastores gritam tanto?
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