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sexta-feira, 24 de maio de 2013




Rosa Branca.
J. Norinaldo.


Eu não posso esconder-me para chorar, não me envergonho das lágrimas que brotam puras da minha alma franca, e rorejam uma rosa branca que colhi em teu jardim, no dia em que tudo teve um fim, que surgiu tão perto do começo, que quando lembro estremeço ao saber que já não pensas mais em mim. Posso até me esconder para chorar, mas como esconder meu sofrimento, como pudestes  esquecer tantas promessas, fechar teu coração com uma tranca, deixando-me só uma rosa branca para minhas lágrimas perfumar. Ainda sinto forte o teu perfume, não é o ciúme que me leva a esse pranto, te amei tanto e te dediquei a vida e agora resta-me esta lágrima dorida e uma rosa que logo murchará. É muito triste ver a vida como escombro ter que chorar no próprio ombro sem ninguém para te consolar.
Minha tristeza inspirou-me a esta prosa, não para ti nem para mim, mas para a rosa, que pelo menos foi o que restou em fim.

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