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domingo, 5 de maio de 2013




Uma Prosa Para os Meus Compadres Francisco de Souza Cruz e D. Rosa.
J. Norinaldo.


O meu sertão é tão belo como outro lugar qualquer, aqui quando a chuva cai toda tristeza se vai  mas isso quando Deus quer; a vida aqui refloresce e o sertanejo merece pelo tanto que tem fé, não como ano passado reza para que seu roçado o milho dê dez espiga em cada pé. Ai onde você mora, tem gente que até chora quando o sol desaparece, aqui no nosso sertão quando uma nuvem negra aparece, uma vela pra São José e de joelho uma prece. Um sertanejo perguntou e ele mesmo respondeu, sabe quantos anos tenho, tenho oito vezes dez, quando chove em meu sertão é uma alegria danada, e eu com a minha enxada  jogando cobra pros pés. E não adianta dizer pra ele sair de lá, pois se sair vai voltar isto é uma constante, um sertanejo distante do seu querido torrão, é como um bicho na jaula ou ave de arribação. Eu ofereço esta prosa, a Francisco de Sousa Cruz e sua esposa Rosa, os meus compadres queridos, com um grande abraço daqui do Rio Grande do Sul, para Natal e Jucurutu pelos anos juntos vividos. Que Deus esteja com todos  e atenda a minha prece e mande chuva a vontade e que a felicidade seja plantada e floresça e o verde cubra o nordeste que o sertanejo merece.

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