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sábado, 22 de junho de 2013



A Espera de Alguém.
J. Norinaldo.


Se a força da mente coloriu o banco, que antes tão branco como a neve fria que congela o monte, e a água da fonte se vê em pedaços nos galhos dos pinhos, e nós aqui sozinhos só eu e minha alma, sorvendo esta calma que o mundo não estima. E esta neblina fina continua como a manter nua a moldura da tela, e a leve brisa fria como a neve, nem sequer se atreve a tocar meu cabelo, olho para o céu e um raio de lua, cimitarra nua fora da bainha que parece cortar o banco vermelho, o vermelho sangue a cor da paixão, a colorir tudo loucura e razão, como se nessa paisagem fria o amor chegasse como ardentia, envolvendo tudo com o seu calor. Eu e minha alma, sorvendo essa calma a esperar alguém, chega a primavera se vai o verão, outra vez o inverno e vem o outono, as folhas se vão ao derradeiro sono e ela não vem, aqui ficarei nessa longa espera, até que vá também.


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