O Velho e o Cais.
J. Norinaldo.
Faz tanto tempo que eu te espero
aqui no Cais, que nem é mais igual a quando aqui cheguei, até o mar mudou de
cor e ficou mais cheio, com tanta lágrima que aqui j derramei, já me tiraram o
velho banco em que sentava já não combinava coma paisagem de agora, só a
saudade cada vez fica mais forte, até o dia em que da esquina surja a morte e
me livre dessa infelicidade. Faz tanto tempo que nem lembro quando foi que vi a
proa de um barco se afastando, guardei por anos o lencinho que abanei a ti
chorando, enquanto o barco se afastava te levando. Sabes, fico aqui sozinho
falando a esmo, tudo por aqui mudou só meu amor é que ainda é o mesmo, já me
falha a memória por isto invento novas orações, para que Deus não permita que
eu esqueça tuas feições; Bem, nesse caso até que tenho sorte, vez por outro disfarço
e olho a esquina com medo que antes de ti me chegue à morte.
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