Amar no Mar
J. Norinaldo.
Vestida de espuma das ondas do
mar para ser amada, ou vestida de nada para amar no mar, amar é o que importa,
e na hora certa o mar não tem porta fechada ou aberta, nada é mais livre que
amar no mar. As ondas revoltas deliram e embalam amantes que calam de tanto
desejo, a areia geme com o peso do amor, sentido o furor do mais louco beijo; e
a lua se esconde não por sentir medo e maré se afasta de leve se arrasta
enquanto os corpos se chocam como a onda e o rochedo, a brisa suave parece
cantar os acordes de um hino ao amor triunfal, até que o silencio de repente
anuncia o grito estridente do amor no final. O corpo perfeito banhado em suor e
o cheiro de amor carne e maresia, e a lua aparece e praia parece uma poesia, de
repente o sol pede licença a lua, dizendo a deusa nua que é chegado o dia a
noite se vai levando o luar com seus raios brilhantes enquanto os amantes
novamente se vestem com a espuma do mar, e as ondas cúmplices alisam novamente a
areia da praia, como o rastro da saia de uma linda sereia.
Sem comentários:
Enviar um comentário