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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014



A Minha Lágrima.
J. Norinaldo.



A lágrima que aprisionei durante anos, hoje se livrou do cativeiro, desceu como uma cascata por meu rosto e foi regar o meu canteiro, enquanto eu olhava para as rosas do jardim que plantei pensando não em mim, mas num amor que acreditava verdadeiro. Olhei para o galho da roseira e tentei dar nome aos espinhos, Traição, dor, insensatez, loucura, inveja e maldição me faltaram às palavras outra vez sem conseguir minha intenção, na verdade talvez seja muitos  espinhos em um galho, imaginem a roseira por inteiro, mas que nunca estão sozinhos, protegem a beleza e o perfume, sem inveja e sem ciúme, sem causar a dor que sinto agora. Enquanto minha lágrima se liberta, acaba deixando a porteira a Berta, pois até para as lágrimas existem grilhões, e que as minhas venham aos milhões e que reguem meu jardim e minhas flores que amo tanto e que preciso, agora descobri que minhas dores podem ir-se na enchente do meu pranto, deixando seu lugar para um  sorriso.

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