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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014



Depois da Curva.
J. Norinaldo.


Não sei e nem me importo se a bitola dos trilhos do trem está correta, na tela que ganhei como regalo, pois sei que nenhum trem passará, nem eu estarei na estação a esperá-lo e depois da curva nada existe a não ser na minha imaginação que pode criar um mundo a parte, como o pintor que criou esta obra de arte sem saber de onde os trilhos vem sem saber sequer se  cabem o trem. É tão lindo atravessar uma tela, e nela viver o tempo que se quer, ser quem quer ser o tempo todo, sem ter que justificar a alguém; porque se caminha sobre trilhos sem destino, e que não foi feito para destinar um trem. Assim como a fábula do espelho, só que já atravessou é que sabe bem,  como a história de uma traça que tenta comer um livro e que também, se apaixona pela fabula e termina a morrer de fome a espera de um trem, que enfeita a capa, mas não vem...

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