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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014



O Desenho da Saudade.
J. Norinaldo.


Merece uma poesia quem desenhou a saudade, para deitar-se no colo duro da realidade, não sei se a poesia merece contar história tão linda, ou o poeta a escrevê-la aqui não nasceu ainda. O retrato da menina que por ter perdido a mãe na tristeza de uma guerra, rabiscou na fria terra uma mãe que falta lhe faz, para deitar-se no colo no lombo duro do solo, para onde ela foi e não voltará jamais. Tem algo nesta história que não consigo entender, quais os motivos da guerra e qual a sua serventia, e por que ela está em tudo, até na minha poesia; talvez porque poesia o meu poema não seja deseja o poeta, que não exista linha reta ou uma árvore frondosa, e que a vida bondosa como a poesia ensina, falando só de beleza enganou essa menina; que hoje deita no chão, desenhado com as tintas do seu coração para mostrar a verdade, nada é mais velho que o solo, mesmo duro será teu último colo, quando já não estiveres sobre o chão.
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